Avaliação vocal e da qualidade de vida em pacientes com distonia laríngea em tratamento com toxina botulínica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Rojas, Gleidy Vannesa Espitia
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17151/tde-10032014-111019/
Resumo: Os objetivos deste estudo foram: caracterizar, comparar e correlacionar, em indivíduos com distonia laríngea, antes e após 30 e 120 dias da aplicação da toxina botulínica tipo A no músculo tireoaritenoideo unilateralmente, os parâmetros vocais perceptivo-auditivos e visuais e o impacto vocal na qualidade de vida. Participaram do estudo 16 indivíduos com diagnóstico de distonia laríngea, sendo 11 de gênero feminino e cinco de gênero masculino, com idade média de 57 anos e dois meses, sendo que 68,75% deles apresentaram tremor vocal associado. Todos foram submetidos à aplicação da toxina botulínica tipo A (Dysport®), no músculo tireoaritenoideo unilateralmente, guiado por eletromiografia, gravação do sinal vocal e preenchimento do protocolo de qualidade de vida, Índice de Desvantagem Vocal, antes da injeção da toxina botulínica, no primeiro retorno de seguimento, em média, após 36 dias, e no segundo retorno, coincidente com o dia da nova aplicação de toxina botulínica, que foi em média, 137 dias. Os resultados para análise perceptivo-auditiva e visual de sinais e sintomas vocais, realizada por dois juízes especialistas em voz, revelou, na comparação entre a pré-aplicação e o primeiro retorno, diminuição da severidade da oscilação de intensidade, quebras de voz (sonoridade) e tremor vocal (p=0,002), portanto sem alterações no segundo retorno. No grau de severidade da qualidade da voz, voz tensa-estrangulada, rugosidade, soprosidade e astenia não foram observadas alterações nos três tempos. Para esta análise, notou-se concordância excelente e muito boa (0,71 a 0,99) intrajuízes. Na comparação entre a pré-aplicação e o primeiro retorno, para o Índice de desvantagem vocal, verificou-se diminuição dos valores para o escore total (p=0,039) e para o domínio emocional (p=0,035). Quanto à comparação entre a pré-aplicação e segundo o retorno, houve redução significativa para o domínio funcional (p=0,03) unicamente. De modo que, entre a análise perceptivo-auditiva e visual, do grau de severidade da qualidade vocal e o escore total do índice de desvantagem vocal, evidenciou-se correlação moderada na pré-aplicação e segundo retorno e fraca no primeiro retorno. Portanto, concluiu-se que o tratamento com toxina botulínica para os indivíduos com distonia laríngea mostrou-se eficiente na diminuição de sinais e sintomas vocais, bem como no impacto vocal na qualidade de vida, gerando mudanças na função fonatória e facilitando a comunicação após 30 dias da aplicação, com retorno dos sintomas vocais para a maioria dos indivíduos após 120 dias.