Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Prete Junior, Carlos Augusto |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3142/tde-16102024-072703/
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Resumo: |
Algoritmos de aprendizado de modelos não-lineares têm recebido muita atenção nos últimos anos, especialmente devido ao sucesso de redes neurais profundas em diversas aplicações de reconhecimento de padrões e pela ampla utilização de modelos Bayesianos na modelagem de epidemias de SARS-CoV-2. A inferência em tempo real de parâmetros epidemiológicos como soroprevalência e número de reprodução efetivo é fundamental para o monitoramento de epidemias emergentes e predição das trajetórias futuras de epidemias. Neste trabalho, técnicas de processamento de sinais são aplicadas para modelagem e identificação de sistemas estocásticos não-lineares que representam mecanismos de propagação de doenças infecciosas. Sao apresentadas metodologias para estimar a taxa de ataque e métricas de severidade utilizando testes sorológicos imperfeitos levando em consideração o decaimento do nível de anticorpos. Estas abordagens foram aplicadas na análise da epidemia de SARS-CoV-2 em oito capitais brasileiras utilizando doadores de sangue. Também foram desenvolvidos métodos para estimar a taxa de reinfecção, a proteção contra reinfecção conferida por infecção prévia e limiares para a taxa de ataque. Aplicando estas técnicas na segunda onda de SARS-CoV-2 de Manaus, dominada pela variante Gamma, conclui-se que reinfecções foram comuns e que a variante Gamma tem maior severidade intrínseca comparada `as linhagens circulando previamente em Manaus. Derivou-se um método para estimar o número de reprodução efetivo local (por exemplo, desagregado por linhagem) utilizando intervalos de geração locais, melhorando também a estimativa global. Além disso, desenvolveu-se um modelo Bayesiano para estimar conjuntamente o número de reprodução efetivo e o intervalo de geração, eliminando a necessidade de um conhecimento a priori do intervalo de geração local. Finalmente, foi introduzido um modelo mecanístico para estimar a distribuição do intervalo serial com um número limitado de amostras, inferindo-a para o SARS-CoV-2 no Brasil. Além disso, mostrou-se que a distribuição dos intervalos de geração e incubação pode ser recuperada a partir da distribuição exata do intervalo serial, e foram propostos modelos Bayesianos para inferir estas quantidades a partir de amostras do intervalo serial. |