Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Yonezawa, Fernando Hiromi |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59137/tde-08102013-161215/
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Resumo: |
A partir de nossa trajetória anterior de pesquisa sobre o tema da corporeidade na obra de Gilles Deleuze e Félix Guattari, neste trabalho, estaremos abordando a relação entre o conceito de corpo e a ética. Assim, também fortemente acompanhados de Nietzsche, procuramos elaborar a noção de que existe, no pensamento delezeano, uma ética trágica e uma corporeidade dionisíaca. Deste modo, iniciamos trazendo o conceito de corpo como sendo um composto complexo de forças multiplicitárias e apresentamos o trágico e o dionisíaco enquanto elementos de uma alegre afirmação da uma vida forte. Por isso, na primeira parte, procuramos compreender, nas obras relativas a Spinoza, a noção de que a ética depende do estabelecimento de uma nova relação com o corpo e com o conhecimento, já que, se concebe que haja três níveis de conhecimento, os quais progridem no sentido de uma aproximação cada vez maior do conhecimento das diferenças, das potências e da Natureza. No segundo capítulo, nos concentramos em explanar a diferença entre as formas de existência nobre e escrava, para entendermos que as primeiras decorrem de uma composição privilegiada das forças ativas sobre as reativas e as segundas são construídas quando a moral do ressentimento sai vencedora da dinâmica belicosa que Deleuze diz existir entre as forças e seus respectivos poderes. Chegamos, então, ao conceito de Corpo-sem-Órgãos, entendido como corpo experimental que se tece nos encontros, a partir de uma ética da crueldade, afeita a favorecer, na existência, o transbordamento de forças que a vida traz. Assim, também relacionamos a isso a corporeidade radicalmente dessubjetivada que se constitui quando entendemos o conceito de agenciamento e de devir, sendo este último ligado às metamorfoses próprias do encontro entre multiplicidades. Finalmente, veremos que, entre ética e corpo, há uma relação de pressumposição mútua, porque é através corpo que se constitui uma sensibilidade ética, voltada às potências e alegrias afirmativas, típicas do dionisíaco e da sabedoria trágica. |