Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Passarelli, Danielle |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10136/tde-20042012-095336/
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Resumo: |
Embora faltem evidências diretas da relação causal entre a vacinação recente e o desenvolvimento da anemia hemolítica imunomediada (AHIM) em cães, pode ser identificada uma associação temporal entre elas. Constituem-se em objetivos deste trabalho avaliar: a presença de imunoglobulinas (IgG e IgM) e complemento (C3>) na superfície eritrocitária e o potencial do estímulo mitogênico de membranas eritrocitárias autólogas sobre os linfócitos periféricos de cães nos momentos pré-vacinal (imediatamente antes da vacinação com vacinas polivalente e antirrábica) e pós-vacinal (28 a 38 dias após a imunização). Vinte e um cães adultos e hígidos, machos e fêmeas, foram submetidos à anamnese, exame físico e avaliações laboratoriais nos dois momentos do estudo. O teste da antiglobulina direta (n=15) foi realizado com o reagente de Coombs polivalente, nas diluições de 1:2 a 1:8. A detecção de imunoglobulinas (IgG, IgM) e complemento (C3) na superfície de eritrócitos por citometria de fluxo (n=21) foi realizada utilizando anticorpos anti-IgG de cão produzido em ovelha cadeia pesada, anti-IgM produzido em cabra e anti-C3 de cão produzido em cabra, todos conjugados com fluoresceína de isotiocianato (FITC). As células mononucleares do sangue periférico foram isoladas por gradiende, marcadas com CFSE e estimuladas com Concanavalina A (ConA) e com membranas eritrocitárias autólogas em duas concentrações (ME1 e ME2). Foi utilizado o Índice de Proliferação (IP) como indicador da proliferação celular, obtido pela divisão das intensidades de fluorescência obtidas por citometria de fluxo das amostras basal e estimulada. As comparações das variáveis \"hemácias marcadas com anti-Ig/C3\" e \"IP de linfócitos\" foram realizadas utilizando-se o t-Student para amostras pareadas. As comparações dos IP de linfócitos frente aos diferentes antígenos (Con A, ME1 e ME2) foram realizadas por meio da ANOVA com medidas repetidas. Quando houve diferença significante entre os índices, foram realizadas comparações múltiplas (teste de Bonferroni). Foi considerado um nível de significância de 5%. Observou-se que os cães se encontravam em boas condições de saúde, nos dois momentos do estudo, com as variáveis hematológicas e bioquímicas mantidas próximas entre si e resultado do teste da antiglobulina direta negativo (n=21). A porcentagem de hemácias marcadas com IgG e IgM nos momentos pré-vacinal (1,06±0,49% e 1,42±1,59%) e pós-vacinal (0,83±0,56% e 1,35±1,71%) não foi alterada, com p=0,261 e p=0,699, respectivamente. A porcentagem de hemácias com C3 na superfície no momento pós-vacinação (0,40±0,38%) foi, em média, menor do que no momento pré-vacinação (0,71±0,33%), com p=0,019. Os índices de proliferação obtidos com a ConA, ME1 e ME2 no momento pré-vacinal (2,15±0,83; 1,03±0,07; 1,05±0,11) e pós- vacinal (2,13±0,58; 1,02±0,05; 1,02±0,05) não se modificaram, com p=0,935; p=0,845 e p=0,222, respectivamente. Em ambos os momentos, os índices de proliferação celular observados com o uso de ConA foram, em media, maiores do que os índices com ME1 e ME2 (p<0,001). A baixa porcentagem de hemácias com IgG, IgM ou C3 na superfície e a ausência de resposta proliferativa dos linfócitos quando estimulados com membranas eritrocitárias, indicam que, neste experimento, não houve nenhuma evidência de que o estímulo vacinal pudesse estar relacionado ao desenvolvimento da AHIM. |