Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Souza, Guilherme Sastre de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17131/tde-25072024-154636/
|
Resumo: |
O câncer de mama é uma das neoplasias mais comuns, ficando atrás apenas do câncer de pulmão em números brutos de casos. Possui uma alta taxa de sobrevida, cerca de 90%, no entanto, a progressão tumoral para metástase leva a uma diminuição expressiva da sobrevida do paciente para cerca de 25%, sendo considerada um dos principais maus prognósticos dessa neoplasia. No início do processo metastático, as células passam pela transição epitélio-mesenquimal (EMT), levando as células epiteliais a desenvolverem características de células mesenquimais, adquirindo motilidade à medida que perdem a adesão célula-célula. Além disso, esse processo afeta a expressão e sinalização de diversas proteínas da superfície celular. O objetivo nesse trabalho foi de avaliar a participação de proteínas de superfície durante a indução da EMT em células de câncer de mama. Para isso, utilizamos células de câncer de mama induzidas à EMT pelo tratamento com fator de crescimento epidérmico (EGF). Com essas células induzidas, coletamos dados proteômicos que indicaram alterações na expressão de proteínas de superfície, como o Síndecan-4 (SDC4) que apresentou uma diminuição em relação ao controle. Com o intuito de avaliarmos a participação dessa proteína durante o processo de EMT em células de câncer de mama, utilizamos um inibidor indireto de SDC4, o Lincitinibe (OSI-906), que age inibindo a autofosforilação de IGF-1R. A partir de ensaio de MTT e de apoptose com Anexina V, o tratamento foi estabelecido utilizando 72 nM de OSI-906 por 12 horas, no qual, foi possível verificar que, em ensaios de migração célula, a diminuição da expressão de SDC4 elevou a atividade migratória celular em células EMT positivas. Também foi observado, a partir de ensaios de zimografia e de \"Western blotting\" das proteínas secretadas, que durante a EMT ocorre um aumento na expressão e atividade da matriz metaloproteinase 9 (MMP-9), a qual está diretamente relacionada ao processo de clivagem proteolítica na superfície celular de diversas proteínas, incluindo o SDC4, o qual apresentou um aumento na porção extracelular liberada nas amostras de secretoma. No tratamento com OSI-0906, foi observado uma diminuição tanto da atividade da MMP-9 como na diminuição da clivagem de SDC4. Essa observação corrobora com nossos dados proteômicos, que mostraram um aumento na detecção de peptídeos da região extracelular do SDC4 nas amostras de secretoma. Ademais, nossos achados são sustentados por estudos que mostraram a eficiência da redução da expressão indireta de SDC4 utilizando compostos inibidores de IGF-1R. Além disso, Na literatura foi demonstrado que a depleção dessa proteína em MCF-7 aumenta a migração celular e que, o aumento do processo de clivagem proteolítica, está correlacionado com o aumento da atividade de MMP-2 e 9. O processo de clivagem pode ser uma forma de regulação da atividade aderente da proteína durante a progressão tumoral. Nossos resultados salientam a participação de SDC4 no processo de EMT, uma vez que, quando indiretamente inibida, promove um aumento no processo de migração celular. Sendo assim, futuros estudos com ativadores ou inibidores diretos de SDC4 podem favorecer o combate ao desenvolvimento de metástase no câncer de mama. |