Filogeografia comparativa de Amphipoda (Crustacea: Peracarida) e padrões de dispersão e fluxo gênico de espécies epibiontes de tartarugas marinhas na costa brasileira

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Bezerra, Flávia de Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41133/tde-12112024-164133/
Resumo: A epibiose é uma associação interespecífica em que um organismo vive sobre o outro, que é denominado hospedeiro ou basibionte. Uma das vantagens da epibiose é que a interação com o hospedeiro pode aumentar a capacidade de dispersão do epibionte, especialmente quando os organismos colonizados são espécies altamente migratórias, como as tartarugas marinhas. Estes animais são conhecidos por abrigarem uma ampla diversidade de epibiontes, sendo os crustáceos anfípodes um dos grupos mais abundantes dentre eles. O aumento da capacidade de dispersão devido ao hábito epibionte pode ser uma adaptação estratégica para os anfípodes, que apresentam desenvolvimento direto. Para compreender o papel das tartarugas marinhas na dispersão dos seus epibiontes, combinamos marcadores mitocondriais (Cytb) e nucleares (ITS-1), desvendando os padrões genéticos populacionais e a história evolutiva de três espécies de anfípodes comensais obrigatórios de tartarugas marinhas: Podocerus chelonophilus, Hyachelia tortugae e Hyachelia lowryi. Obtivemos dados de cerca de 33 tartarugas de três espécies diferentes: tartaruga-cabeçuda, tartaruga verde e tartaruga-de-pente de seis localidades ao longo da costa brasileira. Nossos resultados mostram alta diversidade genética, baixa estruturação e alta conectividade entre epibiontees de diferentes tartarugas e localidades. Nossas descobertas indicam uma sobreposição entre as histórias de vida dos hospedeiros e de seus epibiontes, bem como um evento de colonização de um pequeno número de linhagens de mitocondriais, levando a um alto fluxo gênico e conectividade entre espécies através de longas distâncias.