Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Barros, Phelipe Gomes de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5134/tde-23082021-112603/
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Resumo: |
Introdução: A tuberculose é considerada uma das principais doenças infecciosas o que pode ser comprovado através dos indicadores de incidência, morbidade e letalidade e é reconhecidamente associada às inequidades e ás condições sociais. O itinerário terapêutico dos pacientes com tuberculose é mediado por elementos de vulnerabilidade e é um importante instrumento no campo da saúde coletiva para a identificação de pontos críticos no acesso dos pacientes ao diagnóstico e tratamento adequados. Objetivo: Analisar o Itinerário Terapêutico de pacientes com diagnóstico de tuberculose, internados no Hospital Otávio de Freitas, Recife-PE. Métodos: Trata-se de um estudo transversal com abordagem quanti-qualitativa, em que foram realizadas entrevistas com pacientes internados, no período de maio de 2018 a junho de 2020, As entrevistas foram submetidas à análise de conteúdo e à luz do conceito de vulnerabilidade, em suas dimensões: individual, programática e social. Resultados: Foram entrevistados 25 pacientes. A maioria pertencia ao sexo masculino (17: 68,0%), apresentava baixa escolaridade (9: 36,0%), eram pardos (13: 52,0%), com baixa renda familiar (13: 52%), recorrendo, após o início da sintomatologia, às Unidades de Pronto Atendimento (17: 68,0%). A grande maioria dos pacientes apresentava comprometimento pulmonar (23: 72,0%) e teve como principal causa de internação, a presença de hemoptise (21: 84,0%). Das entrevistas emergiram duas categorias analíticas: Processo Saúde-Doença e Itinerário Terapêutico. Foram encontrados, nos itinerários dos pacientes, elementos de vulnerabilidade relacionados às iniquidades que evidenciam a a determinação social da tuberculose. Acerca da vulnerabilidade individual verificou-se que as condições de vida retardaram a procura de serviços de saúde, e dificuldade de acesso foram alguns dos elementos predominantes; na dimensão social, constatou-se o limitado apoio familiar para alguns pacientes, além da a busca por cuidados não profissionais de saúde e uso de drogas; e, na dimensão programática verificou-se o erro diagnóstico, demora para o diagnóstico definitivo e para o início do tratamento, assim como despreparo profissional no manejo da tuberculose. Conclusões: O acesso ao diagnóstico e tratamento da tuberculose por parte dos entrevistados foi prejudicado por elementos de vulnerabilidade. Sendo assim, faz-se necessário o fortalecimento do Sistema Único de Saúde de modo a garantir a integralidade, a equidade e a universalidade minimizando, desta forma, iniquidades provenientes de uma sociedade desigual e marcada por sérios problemas políticos, de organização social e econômica |