Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Sbardella, Maicon |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11139/tde-09042015-125757/
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Resumo: |
Os objetivos deste estudo foram: (1) avaliar os efeitos da inclusão de níveis crescentes de β-ácidos do lúpulo (Humulus lupulus) ou de um antimicrobiano melhorador do desempenho (colistina) na dieta sobre o desempenho zootécnico, digestibilidade de nutrientes e energia da dieta, ocorrência de diarreia, refugagem de leitões, explosão respiratória, peso de órgãos e histologia e diversidade microbiana do intestino de leitões recém-desmamados, assim como testar in vitro a sensibilidade de bactérias aos β-ácidos; e (2) avaliar os efeitos da inclusão de níveis crescentes de β-ácidos na dieta sobre atributos físicos, oxidação lipídica e composição do músculo Longissimus. Foram utilizados 200 leitões recém-desmamados (6,23±0,32 kg) em um experimento em blocos completos casualizados com 5 tratamentos, 8 repetições e 5 leitões por unidade experimental (baia). Os leitões foram alimentados com dietas suplementadas com 0 (controle negativo), 120, 240 ou 360 mg/kg de β-ácidos ou com 40 mg/kg de colistina (tratamento antimicrobiano) durante 35 dias. No 7º e 35º dias do experimento, um macho castrado por baia foi sacrificado para avaliação do peso de órgãos (estômago, pâncreas, fígado, intestino delgado e baço), histologia do intestino delgado (altura de vilosidade e profundidade de cripta) e diversidade microbiana do intestino (PCR-DGGE), além da coletada do músculo Longissimus para análises da carne. ANOVA e contrastes ortogonais foram utilizados para determinar o efeito dos níveis de β-ácidos na dieta sobre as variáveis, assim como comparar o tratamento antimicrobiano com cada um dos outros tratamentos. O aumento dos níveis de β-ácidos na dieta melhorou linearmente (P<0,05) o peso vivo, o ganho de peso, a eficiência alimentar e a digestibilidade aparente do extrato etéreo da dieta. O tratamento antimicrobiano melhorou (P<0,03) o peso vivo, o ganho de peso e a eficiência alimentar comparado ao controle negativo, porém não afetou (P>0,05) a digestibilidade dos nutrientes e da energia da dieta. Não foram observados efeitos (P>0,05) dos tratamentos sobre o consumo de ração. De maneira geral, a ocorrência de diarreia foi menor (P<0,01) nos tratamentos antimicrobiano, controle negativo e 360 mg/kg de β-ácidos do que nos tratamentos 120 e 240 mg/kg de β-ácidos, enquanto não foram identificados leitões refugos durante todo o período experimental. Não foram observados efeitos (P>0,05) dos tratamentos sobre a explosão respiratória no sangue, peso dos órgãos, histologia do intestino delgado e diversidade da microbiota intestinal. Apenas Staphylococcus aureus foi sensível aos β-ácidos, enquanto Escherichia coli, Salmonella enteritidis, Salmonella typhimurim e Enterococcus faecalis foram resistentes. Não foram observados efeitos (P>0,05) dos níveis de β-ácidos sobre os atributos físicos da carne. Foi observado efeito quadrático (P<0,05) dos β-ácidos sobre os conteúdos de gordura, proteína e TBARS da carne, sendo que os níveis calculados 176, 150 e 181 mg/kg de β-ácidos resultaram, respectivamente, em 16,20% de redução na gordura, 1,95% de aumento da proteína e 23,31% de redução de TBARS. Portanto, a inclusão de β-ácidos do lúpulo até 360 mg/kg na dieta demonstrou ser eficiente como alternativa aos antimicrobianos melhoradores do desempenho, bem como potencial de reduzir gordura, aumentar proteína e prevenir oxidação lipídica da carne. |