Microartefatos e análise geoarqueológica: um estudo de caso da região de Rio Claro - SP

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Ricci, Olivia
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/71/71131/tde-27112018-115311/
Resumo: A análise de microartefatos não é rotineiramente realizada no Brasil. Porém, devido às particularidades envolvidas em seu transporte e deposição geológica, os microartefatos podem fornecer informações específicas e complementares para a compreensão do contexto pedogeomorfológico dos sítios arqueológicos estudados, permitindo uma melhor compreensão da gênese, cronologia e processos de formação desses sítios, justificando, deste modo, a necessidade de sua análise. A presente pesquisa realizou a análise de microartefatos em três sítios arqueológicos localizados no município de Rio Claro e municípios vizinhos, o sítio Lagoa do Camargo (Rio Claro), o sítio Abrigo do Alvo (Analândia) e o sítio Alice Boer (Rio Claro), de forma a auxiliar nas pesquisas arqueológicas destes, com dados novos e complementares. Cada um dos sítios arqueológicos propostos como estudo de caso apresenta um contexto pedogeomorfológico muito distinto. O primeiro encontra-se próximo ao divisor de águas, o segundo encontra-se dentro de um abrigo e, por fim, o terceiro encontra-se em uma área de baixo terraço fluvial. Os dados coletados na análise de microartefatos auxiliam para uma melhor compreensão dos processos pedogeomorfológicos de formação e de como ocorrem os processos de transporte e deposição de cada sítio. Dunnel e Stein (1989) definem microartefatos como vestígios de atividade humana que apresentam tamanho reduzido, com limite entre 2 mm e 0,25 mm. Segundo os autores, um artefato é qualquer objeto que apresente atributos artificiais. Podem ter suas propriedades alteradas pela ação humana, sua localização alterada pela ação humana ou ainda podem ocorrer as duas situações. Foram testadas diferentes formas de processar os sedimentos, como elutriação com utilização de agitador mecânica, agitador de Wagner (rotativo) e aparelho de ultrassom, e depois comparados os resultados com o intuito de buscar o melhor método de elutriação para processar os sedimentos. Também foi feita uma experiência com microesferas de polietileno como amostra implantada para procurar estabelecer um número de grãos suficiente à contagem para detectar com eficácia o número de microartefatos de um local. Foi possível observar que a elutriação não afetou o resultado final e que a contagem por peso é muito mais eficaz do que por quantidade de grãos.