Mortalidade no longo prazo de pacientes ambulatoriais do Sistema Único de Saúde com suspeita diagnóstica ou diagnóstico de doença cardiovascular atendidos em ambulatório de serviço médico acadêmico com alto volume de atendimentos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Zanetti, Marina Lucia Bulla
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5131/tde-28012020-134242/
Resumo: Fundamentos: o conhecimento da evolução de pacientes com diagnóstico ou suspeita diagnóstica de doença cardiovascular após o atendimento médico, particularmente a mortalidade, é de interesse para diferentes aspectos da atenção à saúde cardiovascular. Objetivos: analisar a mortalidade no longo prazo de pacientes ambulatoriais atendidos em razão de suspeita diagnóstica ou com diagnóstico de doença cardiovascular, investigar as causas de morte, a mortalidade no longo prazo de acordo e estimar o tempo decorrido entre a primeira consulta médica e o óbito. Delineamento: vinculação de base de dados assistencial com dados de mortalidade disponíveis nos atestados de óbito disponibilizados através de registros seguros pela Fundação SEADE. As causas atribuídas de óbito foram categorizadas segundo o CID 10. Local: ambulatório cardiológico com alto volume de atendimentos voltado para pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) em hospital acadêmico de referência terciário. Participantes: 180.929 pacientes atendidos em 244.828 consultas entre 2002 e 2013. Desfecho: óbito por qualquer causa. Análise dos Dados: Vinculação determinística, formando pares com identidade, dúvidas dirimidas por análise individualizada: análise de sobrevivência, análise de correspondência e de riscos competitivos. Resultados: ocorreram 31956 (17,7%) óbitos entre os 180.929 pacientes atendidos entre 2002 a 2013. O tempo médio decorrido entre a primeira consulta e o óbito foi 3,3 anos (desvio padrão 2,9 anos); a média de idade por ocasião do óbito foi 69,3 anos (desvio padrão 13,8 anos). Predominaram homens nos pacientes que faleceram (17.241, 54% homens vs. 14.711, 46% mulheres). As causas básicas de óbito foram doenças do aparelho circulatório em 15.676 (49,1%) pacientes, neoplasias em 4559 (14,3%), doenças do aparelho respiratório em 3615 (11,3%). As causas imediatas de óbitos mais comuns foram: 8.669 (25,6%) por exames laboratoriais alterados, 7.381 (21,8%) causas por doenças do aparelho respiratório, 7.336 (21,6%) causas por doenças do aparelho circulatório, 4.748 (14%) por doenças infecciosas ou parasitárias e o restante 5.748 (17%) outros diagnósticos (frequências < 8%). A idade dos pacientes por ocasião do óbito foi maior nas mulheres (média 70,5 anos) do que para os homens (média 68,3 anos) (P < 0,001). A função de incidência acumulada revelou que a taxa de incidência de óbito foi aproximadamente 42% nos portadores de doença cardíaca, cerca de 15% para os portadores de doença pulmonar, 12% para os portadores de neoplasia e 25% para outras doenças. Conclusões: Percentagem significativa de pacientes vem a falecer em até 3,3 anos depois de atendimento médico cardiológico ambulatorial de referência. O óbito foi atribuído a causas não cardíacas em aproximadamente metade dos pacientes. A função de incidência acumulada revelou que a taxa de incidência de óbito foi maior nos portadores de doença cardíaca