Características de carcaças bovinas obtidas por frigoríficos na região central do Brasil, um retrato espacial e temporal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Soria, Rafael Ferreira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11139/tde-10112005-154307/
Resumo: As características de carcaças bovinas relacionam-se indiretamente com aspectos de qualidade da carne bovina, bem como permitem verificar limitações e progressos do sistema produtivo. Portanto, um retrato atual daquelas características em âmbito regional e suas variações anuais e plurianuais é ferramenta essencial na transferência de informação para o gerenciamento e sustentabilidade da cadeia de carne bovina. A análise do banco de dados de um grupo frigorífico com unidades industriais localizadas no Sudoeste de Mato Grosso do Sul, Meio-Oeste de São Paulo, Noroeste de Goiás e Triângulo Mineiro, importantes regiões para a pecuária nacional, durante 31 meses de operação industrial (janeiro de 2001 a agosto de 2003), permitiu descrever as características das carcaças bovinas nessas regiões geográficas, entre épocas do ano e entre os anos. Cada unidade foi abastecida principalmente por fornecedores do próprio estado e as regiões que mais negociaram estavam nas proximidades das unidades, exceto a unidade frigorífica de SP onde grande parte do abate teve origem no Leste de MS. As fêmeas totalizaram 13,16% dos abates e houve oferta crescente no período a partir do segundo semestre de 2002 com pequena redução no abate de machos, destes 75,96% eram castrados e 10,88% inteiros. A região teve impacto na oferta de características como classe sexual, maturidade e grau de acabamento para machos castrados, contudo houve um padrão predominante em todas as unidades em volume e freqüência de oferta, com carcaças de machos castrados de 6 a 8 dentes compondo 61,6% dos abates do grupo. A unidade de GO foi a que mais abateu machos inteiros, totalizando 36% dos abates. A unidade de MG se destacou na proporção de machos castrados até 4 dentes (novilhos) em relação aos machos castrados abatidos, com uma média de 25%. O abate de novilhos com grau de acabamento 3 (espessura de gordura entre 3 e 6 mm) representaram 7,9% dos abates, destacando-se MS e SP em volume de abate e proporção, com 2/3 dos novilhos atingindo este acabamento. A oferta de carcaças de novilhos e de novilhos com grau de acabamento 3 ocorreu em dois momentos do ano, de abril a junho e de agosto a novembro. No período estudado, a oferta de novilhos com grau de acabamento 3 não acompanhou a oferta de novilhos, variando com a região, sendo que a unidade de SP foi abastecida de forma mais regular. O peso médio de abate dos machos castrados foi de 264,4 kg (DP ± 15,2 kg), equivalente a 17,6@ e à medida que os animais avançaram na idade aumentou a freqüência de carcaças pesadas. Carcaças acima de 18@ corresponderam à 40,6% dos adultos e 22,9% dos novilhos. Para os novilhos com acabamento 3 a faixa de peso predominante foi de 16 -17@ em todas unidades, exceto em MG onde a classe de peso predominante esteve acima de 18@.