Análise fotoelástica das tensões desenvolvidas nas diferentes estruturas de suporte e protéticas em próteses parciais removíveis de extremidades livres com encaixes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Mello, Pâmela Carbone
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/58/58131/tde-15082011-163901/
Resumo: Uma prótese dental quando planejada, tem como objetivo manter o equilíbrio entre saúde e função do sistema estomatognático, preservar suas estruturas, proporcionar estética e conforto ao paciente durante o uso. Portanto, sabendo-se da repercussão que pode causar nos dentes suporte, o planejamento deve ser correto, evitando o estabelecimento de uma patologia mais severa no sistema suporte. O uso de encaixes em PPRs de extremidades livres se justifica pela melhora da estética e satisfação do paciente. A análise fotoelástica é uma técnica experimental para análise de tensões capaz de produzir resultados bastante confiáveis e fiéis aos parâmetros clínicos. Assim o presente estudo teve como objetivo avaliar a força de retenção simulando cinco anos de uso de três diferentes tipos de encaixes extracoronários: ASC 52: resiliente, movimento vertical/rotacional e retenção friccional ajustável; SR 3: semi-rígido, movimento rotacional e retenção friccional/mecânica, Swiss-Ex: rígido, retenção friccional/mecânica e as tensões desenvolvidas nas estruturas de suporte destas próteses. Para avaliar a retenção foi utilizada matriz metálica em Co-Cr, representando um hemi-arco inferior parcialmente desdentado com os dentes remanescentes 43/44 preparados para coroas totais e ausência dos dentes 45/46/47. Foram fundidas coroas totais em Ni-Cr com machos dos encaixes na distal do dente 44. Estruturas de PPR foram fundidas e as fêmeas dos encaixes capturadas. O total de corpos-de-prova foi 18 (6 por tipo de encaixe). Foram realizados 7205 ciclos de inserção/remoção a 20 ciclos/min, com o conjunto imerso em água deionizada (±37º C). Foram observados os valores de força (N) para t=0, ½, 1, 2, 3, 4 e 5 anos. Para análise estatística foi utilizado o modelo linear de efeitos mistos (efeitos aleatórios e fixos) que é utilizado na análise de dados onde as respostas de um mesmo corpo-de-prova estão agrupadas e a suposição de independência entre as observações num mesmo grupo não é adequada. O ajuste do modelo foi feito através do procedimento PROC MIXED do software SAS® 9.1. Houve diferença estatística significante (p=0,000) entre os grupos: ASC52(8,15±1,12N); SR 3(3,84±1,80N); Swiss-Ex(2,05±0,83N). Avaliando os tempos não houve diferença significante entre os encaixes ASC 52 e Swiss-Ex. Para o SR 3 a força diminuiu ao longo dos tempos. O ASC 52 proporcionou maior estabilidade na prótese e manteve a capacidade retentiva durante os 5 anos simulados. Para análise fotoelástica foi confeccionado um modelo mestre em plexiglass representando um hemi-arco inferior de extremidade livre com os dentes 43 e 44 preparados para coroa total e ausência do 45, 46 e 47. Foram fundidas coroas totais em Ni-Cr com machos dos encaixes na distal do dente 44. Estruturas de PPR foram fundidas e as fêmeas dos encaixes capturadas. Sobre a sela foram montados os dentes artificiais 45 e 46. Posicionou-se os dentes 43 e 44 preparados e com as raízes simulando o ligamento periodontal no molde do modelo mestre e verteu-se resina fotoelástica. As análises foram realizadas em 3 diferentes aplicações de força (15N) nas distais: pontual no dente 45 e 46 e simultânea nos dentes 44 e 46. Os encaixes semi-rígido e resiliente ciclados geraram mais tensão nos pontos mais distais localizados no rebordo e a aplicação de carga pontual na distal do dente 46 foi a que gerou menos tensão nos dentes pilares para todos os encaixes novos e ciclados. Projeto FAPESP 05/58363-5