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Detecção de microrganismos periodontopatogênicos gram-negativos e quantificação de endotoxina  em bráquetes metálicos, com ou sem utilização de agente antimicrobiano - Estudo in vivo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Valdez, Remberto Marcelo Argandoña
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/58/58135/tde-02092009-164923/
Resumo: Empregando a técnica de biologia molecular Checkerboard DNA-DNA Hybridization e o teste Limulus Amebocyte Lysate, os objetivos do presente estudo clínico randomizado in vivo foram avaliar, em bráquetes ortodônticos metálicos: 1) A presença de 16 espécies de microrganismos periodontopatogênicos Gram-negativos pertencentes aos complexos laranja e vermelho, por meio de sondas de DNA; 2) A quantidade de endotoxina bacteriana presente; e 3) A eficácia da utilização do gluconato de clorexidina a 0,12%, sob a forma de bochechos, na redução da contaminação pelas 16 espécies de microrganismos periodontopatogênicos Gram-negativos e na redução da quantidade de endotoxina bacteriana. Participaram do estudo 33 pacientes de 11 a 33 anos de idade, em tratamento com aparelho ortodôntico fixo, nos quais foram colocados randomicamente 3 bráquetes metálicos novos nos pré-molares. Os pacientes do Grupo Controle (n=17) fizeram 2 bochechos semanais com solução placebo, durante 30 dias. Os pacientes do Grupo Experimental (n=16) fizeram bochechos com solução à base de gluconato de clorexidina a 0,12% (Periogard®), da mesma forma que o grupo Controle. Decorridos 30 dias, os 3 bráquetes foram removidos de cada paciente e processados para a detecção dos microrganismos, pela técnica Checkerboard DNA-DNA Hybridization, e para a quantificação da endotoxina bacteriana por meio do teste Limulus Amebocyte Lysate. Os resultados obtidos foram analisados por meio dos testes não-paramétricos de Kruskal-Wallis, Mann-Whitney e pós-teste de Dunn, utilizando os softwares SAS e Graphpad Prism. O nível de significância adotado foi de 5%. De acordo com os resultados obtidos, observou-se que todos os bráquetes dos pacientes do Grupo Controle encontravam-se densamente contaminados pelos microrganismos avaliados. Nesse grupo, as espécies bacterianas do complexo laranja apresentaram-se em maiores quantidades, em relação às espécies do complexo vermelho (p<0,01). A mediana da quantidade de endotoxina para este grupo foi de 0,6673 EU/ml. Quando comparado ao grupo Controle, observou-se que o número total de microrganismos no grupo Experimental foi estatisticamente menor, com mediana de 29.150.000 no grupo Controle e de 13.130.000 no grupo Experimental (p=0,01). Quando os microrganismos foram avaliados por complexos, foi observada diferença estatisticamente significante entre os grupos Controle e Experimental para o complexo laranja (p=0,04), com contagens menores de bactérias após os bochechos com clorexidina. Por outro lado, observou-se que a quantidade de endotoxina no grupo Experimental foi maior, com mediana de 1,2199 EU/ml (p=0,02). Concluiu-se que os bochechos com solução de gluconato de clorexidina a 0,12% podem ser úteis, na prática clínica, com a finalidade de reduzir os níveis de microrganismos periodontopatogênicos Gram-negativos, em pacientes portadores de aparelhos ortodônticos fixos. No entanto, em função do aumento da quantidade de endotoxina bacteriana após o uso dos bochechos com clorexidina, estudos adicionais são necessários com a finalidade de desenvolver procedimentos clínicos ou agentes antimicrobianos que tenham ação sobre a endotoxina presente nos bráquetes metálicos.