Investigação de resistência adquirida e epidemiologia molecular em enterobactérias produtoras de AmpC cromossômica isoladas de pacientes hospitalizados

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Justino, Isabela Araújo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/60/60135/tde-29052018-081106/
Resumo: Enterobactérias produtoras de AmpC cromossômica, especialmente Citrobacter, Serratia, Providencia, Proteus e Morganella, entre outros, são patógenos oportunistas e estão implicados em infecção relacionada a assistência à saúde. Uma vez que mecanismos de resistência adquiridos a antibióticos são cada vez mais frequentemente encontrados nesses micro-organismos, o gerenciamento das infecções causadas por eles tem sido desafio para a escolha da antibioticoterapia, pois existem poucos dados fenotípicos e moleculares sobre essas espécies. O objetivo deste trabalho foi a investigação de genes de resistência adquiridos (mediados por plasmídeos) aos antibióticos beta-lactâmicos de amplo espectro e quinolonas, bem como a determinação da epidemiologia molecular das enterobactérias produtoras de AmpC cromossômica, isoladas de pacientes ambulatoriais e internados em hospital universitário. Foram estudadas e comparadas bactérias isoladas em 2007 e 2016 durante o período de cinco meses em cada ano. Foi investigada fenotipicamente a produção de ESBL e AmpC associadas à resistência aos beta-lactâmicos de amplo espectro. Adicionalmente, também foram pesquisados genes de resistência adquiridos aos beta-lactâmicos de amplo espectro e quinolonas tão bem como plasmídeos carreando tais genes. Foram encontrados dois genes blaSHV-5 e um blaCTX-M-2, além de, um gene qnrS2, dois qnrB6, dezenove genes qnrD1 e vinte e um aac(6\')-Ib, sendo que desses oito apresentaram a variante aac(6\')-Ib-cr. O gene qnrD1 já estava presente no hospital estudado antes do primeiro relato do gene no Brasil. Sequenciamento de plasmídeos carreando gene qnrD1 mostra que pelo menos dois plasmídeos distintos estão envolvidos em sua disseminação. Por PFGE foi possível observar que não houve disseminação clonal dos isolados bacterianos no hospital nos períodos estudados. Foi determinada a epidemiologia molecular comparativa das bactérias do estudo. Este conhecimento torna-se fundamental para que, haja informações consistentes sobre as bactérias do estudo, fornecendo subsídio para o tratamento dos pacientes e contribuindo para o melhor prognóstico e gerenciamento das infecções bacterianas.