Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Siagh, Raquel Franco Stuchi |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25143/tde-30082018-215040/
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Resumo: |
Algumas crianças usuárias de implante coclear (IC) não desenvolvem a habilidade de reconhecimento auditivo em conjunto aberto, mesmo após um longo período de uso do dispositivo e mesmo sem apresentar fatores na etapa pré-operatória que sugiram esse prognóstico. Os fatores que influenciam o desempenho dessas crianças atuam de maneira complexa também nas etapas intra e pós-operatórias e o conhecimento profundo dos mesmos é fundamental para direcionar condutas em busca de uma habilitação auditiva de sucesso. Sobre a atuação fonoaudiológica na etapa pós-operatória, o uso de marcadores clínicos de desempenho permite a identificação de atrasos no desenvolvimento de percepção da fala e linguagem. Alguns fatores já são descritos como negativamente influentes, mas, estudos que realizem análises profundas das causas dos mesmos são necessários. Objetivos: a) descrever o desenvolvimento das habilidades auditivas de crianças que não apresentaram a habilidade de reconhecimento auditivo em conjunto aberto ao final de cinco anos de uso do IC; b) analisar os fatores que influenciam o desenvolvimento da percepção auditiva da fala, considerando este grupo de crianças, e a atuação fonoaudiológica na etapa pós-operatória. Metodologia: estudo exploratório, retrospectivo longitudinal por meio de análise de prontuário realizado no Centro de Pesquisas Audiológicas/Setor de IC do HRAC-USP. Foram analisadas 21 crianças. O desenvolvimento das habilidades auditivas foi descrito por meio das Categorias de Audição (GEERS, 1994). Os fatores analisados foram: fatores relacionados aos eletrodos e problemas relacionados ao mapeamento; interrupção do uso do implante coclear; uso assistemático do dispositivo; faltas no acompanhamento pós-operatório; fatores relacionados à terapia fonoaudiológica e fatores relacionados ao neurodesenvolvimento. Foi realizada análise qualitativa dos resultados por meio da metodologia de análise temática e a análise quantitativa, por meio da estatística descritiva e inferencial. Resultados e Discussão: desenvolvimento auditivo houve uma tendência discreta de curva crescente ao longo dos anos de uso, com oscilações; o desempenho ao final do período estudado, pôde ser representado pela Categoria de Audição 2 detecção de padrões de percepção. Para crianças implantadas unilateralmente, até os 36 meses e sem fatores influentes na etapa pré-operatória pode-se esperar que atinjam a categoria 3 a partir de 5 meses de uso do IC, sendo um alerta se não a alcançarem até os 12 meses de uso. Os fatores interrupção do uso/uso assistemático foram os mais frequentemente observados e as causas foram relacionadas ao funcionamento do IC, comportamento da família e recusa da criança; o tempo de interrupção foi significativamente maior quando problemas do componente externo aconteceram após o término de sua garantia (p=0,001). Houve tendência de indivíduos que moravam mais longe do hospital faltarem mais aos retornos, entretanto, a associação não foi significativa. Conclusão: foi possível obter um padrão de desenvolvimento auditivo do grupo estudado e os resultados podem ser utilizados como marcadores clínicos de desempenho. A análise dos fatores pôde nortear discussões referentes às possíveis condutas fonoaudiológicas no acompanhamento pós-operatório da criança usuária de implante coclear e pode servir como base para investigações de fatores na prática clínica, bem como futuras investigações científicas. |