Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Santos, Nanci Cristiano |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7141/tde-22022021-115254/
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Resumo: |
Introdução: O Cuidado Centrado na Família surgiu do entendimento de que a família é fundamental no cuidado dos seus integrantes, assim a família deve ser considerada objeto do cuidado. A inexistência de consenso sobre a forma de envolvê-las no cuidado permite diferentes abordagens dos profissionais frente à participação da família, contribuindo para o aumento da angústia, medo e insegurança, possibilitando a ocorrência de experiência traumática para a criança e sua família. Objetivos: Analisar a percepção da equipe de enfermagem e da família acerca do Cuidado Centrado na Família (CCF), antes e após a implementação de um consenso para sistematizar a participação da família na assistência. Métodos: Estudo quase-experimental, realizado em 4 etapas metodológicas: Construção do consenso; Avaliação diagnóstica; Implementação do consenso e Avaliação final. O estudo foi realizado no Hospital Universitário da USP (HU-USP). A população consistiu em 79 profissionais da equipe de enfermagem e residentes de enfermagem e 122 familiares presentes na Clínica Pediátrica e Terapia Intensiva Pediátrica e Neonatal. Os dados foram coletados mediante a aplicação dos instrumentos Percepção do Cuidado Centrado na Família-Pais Versão Brasileira; Percepção do Cuidado Centrado na Família-Equipe - Versão Brasileira e do Guia para Atendimento das Famílias na Prática Clínica de Enfermagem. O consenso das especialistas sobre as práticas foi obtido pela Técnica de Grupo Nominal. As variáveis foram analisadas por frequência absoluta e relativa, associação estatística e aplicação dos testes: t pareado e teste t de Welch. Resultados: A percepção dos profissionais e da família respondeu positivamente na maioria das perguntas, apresentando discreto aumento da média dos escores na etapa pós-intervenção, com as médias dos profissionais de 1,86 pré- intervenção x 1,91 pós-intervenção e as médias das famílias de 2,26 pré-intervenção x 2,28 pós-intervenção. As famílias apresentaram maior percepção positiva sobre o CCF do que a equipe de enfermagem; houve aumento significativo da presença da família nos procedimentos invasivos após a implementação do consenso; as famílias participaram com maior frequência na realização dos cuidados de alimentação, higiene, conforto, oferecendo carinho e apoio à criança, inclusive em procedimentos invasivos; as famílias consideraram receber colaboração, apoio e suporte da equipe para a participação. Conclusão: A construção de um consenso fundamentado nas melhores evidências do CCF e o treinamento reflexivo para despertar a consciência da necessidade de avanços, foram fundamentais para os resultados deste estudo. Concluiu-se ser possível o envolvimento e participação das famílias nos ambientes de Clínica Pediátrica e Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica e Neonatal. As recomendações enfatizaram a maneira da enfermeira relacionar-se com a família, compreender suas necessidades, estabelecer parcerias e dar autonomia para que a família decida, como e quando deseja participar da assistência, possibilitando que a mesma se torne mais segura e forte, minimizando o seu sofrimento e o da criança. |