Modernização periférica e agricultura: crise agrária e contradição campo/cidade no Oeste Paulista - Itápolis (1940-1970)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Santos, Anderson Pereira dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-06052020-214628/
Resumo: Nesta pesquisa, buscaremos analisar o Oeste Paulista como realidade periférica particular que se reproduz no interior do capitalismo em sua fase monopolista-financeira, colocando em evidência e examinando as suas contradições. Isso nos levou a considerar a modernização desta realidade periférica na sua necessária relação com as contradições imanentes à reprodução mundial do capital. Reconhecendo a simultaneidade entre centro e periferia, ressaltamos a condição tributária da periferia em relação à potência produtiva do trabalho no centro da economia mundial. Ao considerar a periferia como simultaneidade ao centro, ou seja, regida pela valorização do valor a nível mundial, buscaremos analisá-la a partir da relação centro-periferia, portanto, determinada no âmbito da produção e das trocas mundiais de meados do século XX, onde o termo categorial desta simultaneidade é a abstração tempo médio de trabalho. São dois momentos que nos interessam nesta pesquisa: o primeiro, a reprodução crítica da cafeicultura no Oeste Paulista; o segundo, a modernização da agricultura a partir dos anos 60, com a ampliação da produtividade do campo, substituição do trabalho por capital e a introdução de novas culturas, particularmente a citricultura. Sendo assim, nosso principal objetivo é o de analisar a reprodução crítica da realidade agrária do município de Itápolis-SP, no Oeste Paulista, no período compreendido entre as décadas de 1940 e 1970, momento marcado pela crise da cafeicultura e do colonato e pela introdução e expansão de outras atividades agrícolas e do trabalho assalariado e, posteriormente, pela constituição de um Parque Agroindustrial no município, compreendendo o processo de reprodução crítica do capital como determinante para essa transformação. Entretanto, propomos uma forma de análise que buscará examinar as contradições desse processo de modernização periférica na sua necessária interação com a reprodução mundial capitalista em sua fase monopolista-financeira.