Estudo do endotélio cerebral modulado por vesículas extracelulares de células tumorais de mama.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Teles, Ramon Handerson Gomes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
VCP
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/42/42134/tde-07102024-140459/
Resumo: As metástases são a principal causa de mortes relacionadas ao câncer e sua origem não está totalmente elucidada. Recentemente, estudos demonstraram que as vesículas extracelulares (EVs), particularmente as pequenas (sEV), podem perturbar a homeostase de um órgão, promovendo o desenvolvimento de um tumor secundário. No entanto, o seu papel no endotélio cerebral e sua associação com metástases relacionadas ao câncer de mama é desconhecido. Assim, este projeto teve como objetivo investigar alterações desencadeadas por EVs no estado de fosforilação de proteínas na superfície de células endoteliais cerebrais, pois elas formam a primeira barreira em contato com células tumorais circulantes e outras moléculas, e uma vez identificadas, modular seus interatores e efeitos através de diferentes ensaios funcionais. Para tal, foi utilizada a linhagem celular de câncer de mama mais agressiva, MDA-MB-231, e sua variante com tropismo cerebral, MDA-MB-231-br. A partir destas células, foram colhidas EVs para tratar células hCMEC/D3, uma linhagem celular imortalizada da microvasculatura do cérebro humano. Foram encontrados níveis mais elevados de fosforilação em VEGFR1 e VEGFR2 em células hCMEC/D3 tratadas com sEV de MDA-MB-231-br. Por análise computacional, previu-se que a Valosin-Contaning Protein (VCP) seria um importante componente das sEV que poderia influenciar o tráfego intracelular de VEGFR2, o que foi validado por análise de western blotting. Em seguida, a VCP foi modulada por transfecção celular ou inibição química em células hCMEC/D3 e avaliada em diferentes modelos funcionais in vitro evidenciando um efeito significativo na funcionalidade destas células. Desta forma, este estudo demonstrou as modificações indutoras de sEV em diferentes sítios de fosforilação, além de mostrar o VCP como um componente importante transportado pelas vesículas, exercendo uma modulação significativa no estado das células endoteliais cerebrais.