Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Souza, Emmanuel Albuquerque de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/23/23146/tde-07012020-191913/
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Resumo: |
O controle das diversas formas de periodontite tem se mostrado um desafio, especialmente nos casos de maior severidade. Considerando a etiologia microbiana e imunológica dessa doença, diversas estratégias podem ser usadas com o intuito de alterar a microbiota disbiótica e controlar a resposta imune do hospedeiro. Nesse sentido, o uso de probióticos assim como de mediadores especializados na resolução da inflamação podem ser vistos como alternativas promissoras no controle desta doença. Entretanto, estudos in vitro devem ser realizados para que se entendam melhor os mecanismos pelos quais ambas alternativas podem alterar o perfil micro-imunológico de susceptibilidade associado à periodontite, de forma a modificar a composição do biofilme disbiótico e melhorar a atividade regenerativa dos tecidos perdidos no processo inflamatório. Esta tese tentou avaliar ambos os aspectos. Primeiro, estudamos através de uma triagem com diversas espécies de probióticos a interação desses microorganismos com células epiteliais gengivais (CEGs) desafiadas com cepas de Porphyromonas gingivalis, no intuito de selecionarmos aqueles probióticos com maior potencial no controle desse periodontopatógeno assim como da resposta imune inata mediada por esse microorganismo. Nesse sentido, os probióticos regularam a resposta imune mediada por CEGs ao prevenir a morte celular induzida por P. gingivalis e reduzir a adesão e a invasão desse patógeno às CEGs, ao mesmo tempo em que aumentaram sua própria adesão às CEGs. Este controle da interação de células desafiadas com P. gingivalis resultou em uma redução na síntese de IL-1? e TNF-? e em um aumento na concentração de CXCL8. Os probióticos também alteraram a transcrição de genes que codificam receptores de reconhecimento de padrões moleculares, peptídeos antimicrobianos e genes reguladores de apoptose, em geral de uma maneira cepa-específica. Segundo, avaliamos como mediadores lipídicos de resolução da inflamação (MaR1, RvE1) podem alterar as propriedades regenerativas de células-tronco do ligamento periodontal (CTLPs) em um ambiente inflamatório (IL-1?, TNF-?), em relação a biomarcadores relacionados a formação de ligamento periodontal, osso alveolar e cemento. A proporção de citocinas pró-inflamatórios e mediadores lipídicos de pro-resolução alterou as atividades regenerativas periodontais de CTLPs. Um ambiente predominantemente inflamatório sob estímulo com IL-1?/TNF-? reduziu a stemness de CTLPs, diminuiu a expressão de seus biomarcadores de regeneração, dificultou a cicatrização de feridas in vitro e diminuiu suas propriedades cemento-osteogênicas. No entanto, a indução de um ambiente de resolução com a adição de MaR1/RvE1 reverteu este processo, resgatando parcialmente a expressão de biomarcadores de stemness e melhorou as propriedades regenerativas relacionadas às CTLPs. Portanto, um controle adequado do ambiente inflamatório parece ser fundamental para que haja uma melhora no processo de regeneração tecidual que deve suceder a destruição dos tecidos periodontais perdidos na periodontite. Terceiro, formulamos uma hipótese a respeito de como probióticos podem auxiliar no controle da inflamação através da regulação da síntese de mediadores lipídicos de resolução da inflamação. Palavras-Chave: Periodontite, Probióticos, Inflamação, Células-epiteliais, Células-tronco. |