Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1972 |
Autor(a) principal: |
Espironelo, Ademar |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/0/tde-20240301-143824/
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Resumo: |
Foram estudados os efeitos do boro na cana-de-açúcar var. CB 41/14, por meio de ensaios de campo e em vasos, através da administração de doses crescentes do elemento a seis tipos de solos do município de Piracicaba, SP, mapeados ao nível de séries. Nas condições de campo, os ensaios desenvolveram-se em solos das séries Sertãozinho, Ibitiruna, Pau d'Alho, Bairrinho, Luiz de Queiroz e Guamium (RANZANI et al., 1966). Em tais solos, já se conheciam os teores de boro em diversos horizontes (BRASIL SOBRINHO, 1965), constatandose haver alguns menos supridos no elemento em questão. As doses empregadas foram: 0, 10, 20, 30 e 40 kg/ha de bórax, que correspondem aproximadamente à adição de 0, 1, 2,3 e 4 kg/ha de B. No ensaio, foram incluídos tratamentos que consistiram na aplicação de duas doses de zinco (10 e 20 kg/ha de sulfato de zinco), uma combinação de boro e zinco (20 kg/ha de cada produto), e um tratamento com B, Cu, Fe, Zn, Mn e Mo, além da testemunha geral, sem adubação. No ensaio em vasos, empregou-se solo da série Ibitiruna, que havia apresentado o mais baixo teor de B nas determinações feitas por Brasil Sobrinho. Nos vasos (80 litros de capacidade), foram administradas as doses 0, 0,5,1, 2, 3 e 4 ppm B, pela adição de ácido bórico ao solo. Numa segunda experiência, empregou-se areia lavada de rio, em lugar de solo, aplicando-se nos vasos 0, 0,2, 0,4, 0,6, 0,8, 1,6, 3,2 e 6,4 ppm B. Foram coletados dados de produção de cana, calculado o açúcar provável do caldo e determinado o teor de boro em folhas de três posições na planta (+3, +1 e -1), em amostragens feitas aos cinco meses de idade, nos ensaios de campo, e aos cinco e oito meses, quando em vasos. Paralelamente, os solos estudados foram submetidos ao teste biológico do girassol (COLWELL, 1943), num esquema em que foram incluídas séries com doses crescentes de boro (0, 0,1, 0,2, 0,4, 0,6, 1,2 e 2,4 ppm). Nos ensaios de campo com cana-de-açúcar, constatou-se que o boro e demais nutrientes estudados não influenciaram a produção de cana e o teor de açúcar provável. A análise foliar do boro revelou teores muito elevados, que indicam um suprimento em boro, nesses solos, acima do normal. Não houve respostas nos teores foliares à aplicação de doses crescentes de B aos solos. No ensaio em vasos, em condições controladas, o boro aplicado ao solo não proporcionou aumentos nas produções de cana e de açúcar provável, induzindo, entretanto, efeito depressivo em ambos os casos, pela dose mais elevada (8 ppm B). Os teores de B nas folhas de cana, aos cinco meses de idade, cresceram com as doses administradas ao solo, alcançando níveis muito elevados (289 ppm) no tratamento 8 ppm B, com a média geral atingindo 124,4 ppm B. Aos oito meses, os valores foram bem mais baixos (média geral 61,4 ppm B) e não seletivos em relação à dose de boro aplicada. A melhor época de amostragem estaria entre cinco e oito meses. As três posições de folha estudadas mostraram-se eficientes em relação às doses de boro aplicadas ao solo, sendo que +3 e +1 deram valores mais altos do que -1. O teste biológico do girassol indicou serem os solos estudados ligeiramente deficientes ou não deficientes em boro, destacando-se o solo da série Pau dAlho, por não ter dado reação à adição do micronutriente em apreço. Essas conclusões concordam com os resultados obtidos nos ensaios com a cana-de-açúcar. |