Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1995 |
Autor(a) principal: |
Assis, Jesus Eugenio de Paula |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8132/tde-26052023-183000/
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Resumo: |
Obras de ficção podem, dependendo de como estiverem estruturadas por seus autores, ser usadas como textos de referência em sociologia. O caso específico das antiutopias futurísticas é o de que se ocupa esta tese. Os autores desses textos de ficção procuram, como acontece com textos teóricos acadêmicos, fundamentar suas extrapolações em observações cuidadosas de tendências em ação na sociedade e desenvolver sua narração com rigor e consistência. Ou seja, parte da literatura futurística seria um instrumento importante de análise sociológica. Não, frise-se, para análise sociológica, mas de análise sociológica. Noutras palavras, o que se pretende estudar é menos sociologia da literatura e mais literatura como sociologia. A tese, portanto, delimita, em primeiro lugar, o que se deve considerar uma antiutopia (ou distopia) futurística tecnológica e porquê, entre vários tipos de textos futurísticos, são elas as que melhor se prestam a análise como textos sociológicos que discutem, principalmente, o impacto social da ciência e da tecnologia. Depois, expõe-se como surgiu esse gênero literário, hoje assimilado à ficção científica (FC), malgrado as intenções de seus autores. Em seguida, tendo nas mãos uma definição do campo e uma apreciação de sua gênese na história, são estudados alguns textos representativos. Tendo analisado oito novelas, a parte final da tese expõe uma síntese de como essas obras literárias vêem o impacto social da ciência e da tecnologia e o destino da sociedade e dos indivíduos que a compõe. Nessa síntese, deverá aparecer mais claramente o paralelismo de conteúdo e tendências entre essas obras de ficção e a literatura acadêmica sobre sociologia e filosofia da ciência, o que nos leva a concluir que, feita uma escolha criteriosa, o estudante de humanidades poderá encontrar na estante de literatura valiosos modelos para reflexão sociológica. |