Contribuição ao estudo de método de seleção de variedades locais de repolho (Brassica oleracea var. Capitata L.) Resistentes à Xanthomonas campestres (PAM.) Dowson

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1967
Autor(a) principal: Kimoto, Tosiaki
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/0/tde-20240522-110403/
Resumo: O presente trabalho estuda dois métodos de seleção de repolho resistente à Xanthomonas campestres (Pam.) Dowson. O primeiro método baseado na classificação das plantas pelos sintomas das folhas inoculadas, e o segundo pelos do tecido vascular do caule. Utilizaram-se, como fonte de seleção, diversas variedades de repolho Louco e o híbrido Shikidori como testemunha. O patógeno foi coletado em várias regiões de cultivo de brássicas, e a seguir isolado, purificado e conservado até a época da sua utilização. Para inoculação, os patógenos das diversas procedências foram cultivados isoladamente e a seguir misturados e diluídos em água destilada. A inoculação foi feita por pulverização quando as plântulas se apresentavam com 2 a 3 folhas verdadeiras. Antes e depois da inoculação as plântulas permaneceram por 24 a 30 horas na câmara úmida. Obtiveram-se sintomas da doença 4 a 5 dias após a inoculação. As plântulas que receberam notas zero e um, pelo método 1 de classificação, foram autofecundadas e novamente testada a sua resistência à Xanthomonas. Esse procedimento foi repetido, obtendo-se progênies de 1ª, 2ª e 3ª geração. Entretanto, por esse método de classificação, não foi possível diferenciar a resistência entre híbrido Shikidori e as variedades de repolho Louco e suas progênies selecionadas. O teste de concentração do inóculo demonstrou que a Xanthomonas, uma vez inoculada, colonizava as folhas tanto do híbrido Shikidori como das progênies selecionadas, e que a velocidade de colonização foi sempre mais rápida nas concentrações maiores. Neste experimento foi também observado que, nas plantas suscetíveis, após a penetração do patógeno no tecido vascular do caule, a colonização deste tecido era rápida, matando as plantas em poucos dias. Nas plantas resistentes, entretanto, a colonização do tecido vascular do caule era bloqueada ou retardada. Com base nos experimentos anteriores, passamos a observar o desenvolvimento dos sintomas no tecido vascular do caule das plântulas selecionadas. Por este método de classificação foi possível determinar a diferença de resistência existente entre híbrido Shikidori e a variedade Louco, e entre esta e as progênies selecionadas. Desta forma, conseguiu-se obter os mesmos resultados tanto para as plântulas de repolho testadas em condições do campo como para as da casa de vegetação, comprovando ser o método 2 mais eficiente. Diante desses resultados concluiu-se que: o método 2 foi superior ao método 1. Tanto as plantas suscetíveis como as resistentes sempre apresentaram sintomas nas folhas inoculadas. As variedades de repolho Louco possuem linhagens que apresentam resistência à colonização do tecido vascular do caule, o que possibilitaria a produção de variedades resistentes à Xanthomonas. A seleção de plantas em casa de vegetação sob controle de temperatura e umidade permitiu um maior rigor na seleção do plantas resistentes.