Avaliação dos parâmetros sagitais da coluna vertebral na escoliose idiopática do adolescente

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Moliterno, Luis Antonio Medeiros
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17142/tde-26072024-111613/
Resumo: A escoliose idiopática do adolescente (EIA) é a causa mais frequente de deformidade da coluna vertebral, afeta 3-4% da população e ocorre nos 3 eixos anatômicos. Com o avanço do conhecimento dos parâmetros pélvicos, sua relação com equilíbrio sagital da coluna e com o alinhamento do segmento cervical, torna-se importante identificar as modificações que ocorrem no equilíbrio espinopélvico e na coluna cervical dos pacientes com EIA, já que estes parâmetros podem ser modificados após o tratameno cirúrgico. O objetivo foi avaliar os parâmetros sagitais de pacientes com EIA, de acordo com a classificação proposta por Lenke. Foi realizado estudo retrospectivo no período de 2013 a 2020, envolvendo todos os pacientes com EIA e indicação de tratamento cirúrgico no Instituto Nacional de Ortopedia e Traumatologia (INTO). Foram avaliadas as radiografias panorâmicas em anteroposterior (AP) e perfil ortostático para determinar os parâmetros: eixo vertical sagital (EVS), eixo cervical vertical sagital (ECVS), linha centro-sacral (LCS), ângulos de cifose torácica (CT), lordose lombar ( LL), lordose cervical (LC) , ângulo C1-C2 (Â C1-C2), ângulo T1-pelve (ATP), versão cervical (VC), abertura torácica superior (ATS) e inclinação de T1 (IT1), inclinação pélvica (IP), versão pélvica (VP) e inclinação sacral (IS) e os valores angulares de acordo com método de Cobb das curvas torácica proximal, torácica principal e toracolombar/lombar. As deformidades foram classificadas de acordo com a classificação de Lenke (tipo 1 a 6). Foram incluídos 109 pacientes, sendo 84,4% do sexo feminino (1:5,4), 80,7% com baixo peso ou na faixa normal (21,6±3,5 kg/m2) e com média de idade de 22±5 anos. De acordo com o a classificação de Lenke 44%, 6,4%, 21,1%, 4,5%, 12,8% e 11% foram, respectivamente, classificados de 1 a 6. O modificador lombar foi: 36,7% A, 14,6% B e 48,6% C. O modificador sagital (T5-T12) foi 43,1% normal (entre 10 e 40°), 37,6% hipercifose e 19,2% hipocifose. Foi observada diferença estatística no modificadores lombar (P=0,001) e sagital (P=0,02), ângulo de Cobb das curvas torácica principal (P<0,05), toracolombar/lombar (P<0,05) e torácica proximal (P<0,05), e CT (P< 0,05), ATS (P<0,05) e VP (P<0,05) entre os 6 grupos da classificação de Lenke. Comparando os grupos com (Lenke 3 a 6) e sem (Lenke 1-2) curva lombar estruturada foi observada diferença significativa no modificador lombar (P=0,001), curva toracolombar/lombar (P=0,001), curva torácica proximal (P=0,01) e CT (P=0,03). Considerando os parâmetros cervicais e espinopélvicos nos tipos de cifose torácica (hipocifose, normal e hipercifose) foi observada diferença significativa para LC (P=0,0004), ATS (P=0,002), IT1 (P=0,0002) e LL (P=0,02). Os demais parâmetros analisados não foram significativamente diferentes entre os grupos de comparação. Os dados observados em nosso estudo estão em concordância com os resultados reportados na literatura e demonstra a importância do segmento cervical na análise dessa deformidade.