Teste de procedências de Eucalyptus pilularis Sm. na região de Mogi Guaçu

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1972
Autor(a) principal: Pasztor, Yone Penteado de Castro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/0/tde-20240301-144301/
Resumo: 6.1. O presente trabalho teve por objetivo estudar o comportamento de procedências australianas de Eucalyptus pilularis Sm, aos 5 anos de idade comparadas com procedências da mesma espécie originárias do Serviço Florestal da antiga Cia. Paulista de Estradas de Ferro. O ensaio foi instalado em Janeiro de 1966, em localidade situada em Mogi Guaçu, cujas coordenadas geográficas são: Latitude 22°11’S e Longitude 47°07’W. A altitude local é de 580m. Constam do ensaio 11 procedências sendo 9 australianas e 2 de Rio Claro. O esquema estatístico usado foi o de blocos casualizados compreendendo 11 procedências com 3 repetições. As parcelas são formadas de 7 x 7 plantas, no espaçamento de 2,0m x 2,0m. As procedências testadas foram: (Descrito na Tese). O Clima de Mogi-Guaçu é do tipo Cwa, mesotérmico de inverno seco. A temperatura média do mês mais quente é superior a 22°C e a do mês mais frio é inferior a 18°C. O total de chuvas do mês mais seco é inferior a 30mm. O solo é do tipo Latosol Vermelho Amarelo fase arenosa, profundo, bem drenado, de classe textural barro argilo-arenoso, ácido e de baixa fertilidade. A vegetação primitiva era típica de cerrado. 6.2. Com base nos resultados obtidos concluiu-se que: a) As procedências da Austrália e de Rio Claro comportaram-se diferentemente quando plantadas no município de Mogi Guaçu. b) As procedências australianas apresentaram sobrevivência mais elevada que as procedências de Rio Claro, comprovada pela análise de variância. Foi encontrada diferença significativa, ao nível de 1% de probabilidade, entre as procedências australianas e de Rio Claro. c) Não foi encontrada diferença significativa entre as procedências australianas, com referência à sobrevivência. d) As procedências de Rio Claro não apresentaram diferença estatística significativa, quanto ao número de falhas. e) A procedência Q (Matriz de Rio Claro Nº 1.705) foi a que apresentou o maior número de falhas, seguida da procedência P (Matriz de Rio Claro Nº 540). Foi encontrada diferença significativa, ao nível de 1% de probabilidade, entre a procedência Q (Matriz de Rio Claro Nº 1.705) e as procedências australianas C (s.6184), H (s.6189), L (s.6194) e I (s.6190), e ao nível de 5% de probabilidade entre esta e as australianas K (s.6193), O (s.6461) e B (s.6183). f) A procedência P (Matriz de Rio Claro Nº540) foi a que apresentou menor desenvolvimento em altura total, diferindo ao nível de 1% de probabilidade das procedências H (s.6189), C (S.6184), B (s.6183), L (s.6194) e K (s.6193), e ao nível de 5% das procedências I (s.6190), F (s.6187), O (s.6461) e Q (Rio Claro Nº1.705), não diferindo da procedência australiana N (s.6196). g) A origem P (Matriz. de Rio Claro Nº540) diferiu significativamente, ao nível de 5% de probabilidade das procedências B (s.6183), O (s.6461), C (s.6184) e N (s.6196)9 em relação ao diâmetro médio. h) As procedências australianas não apresentaram diferença estatística significativa entre si em relação ao diâmetro médio. i) As procedências australianas apresentaram volume real médio com casca, superior ao das procedências de Rio Claro. A diferença estatística encontrada entre os dois grupos foi significativa ao nível de 1% de probabilidade. j) Não foram encontradas diferenças estatísticas significativas entre as procedências australianas e nem entre as procedências de Rio Claro, no tocante ao volume real médio com casca. k) A procedência P (Matriz de Rio Claro Nº 540) foi a que apresentou menor volume real médio com casca, diferindo significativamente, ao nível de 1% de probabilidade, das procedências C (s.6184), H (s.6189) e L (s.6194), e ao nível de 5% de probabilidade das procedências B (s.6183), I (s.6190) e O (S.6461). A procedência Q (Matriz de Rio Claro Nº1.705) apresentou diferença significativa ao nível de 1% de probabilidade quando comparada com a procedência C (s.6184), e ao nível de 5% de probabilidade comparada às procedências H (s.6189), L (s.6194) e B (s.6183). l) A análise da covariância revelou que as procedências australianas constituem em grupo homogêneo. Não foi encontrada diferença significativa entre elas após o ajuste das médias de volume real, com casca, para igual número de plantas vivas. m) Após o ajuste das médias relativas ao volume real, com cascas, a procedência P (Matriz de Rio Claro Nº540) revelou-se inferior a procedência Q (Matriz de Rio Claro Nº 1.705); a diferença encontrada foi significativa ao nível de 5%. n) Conclui-se pelos resultados deste trabalho e pela análise fenotípica das procedências, que as melhores procedência e australianas para a região de Mogi Guaçu são B (s.6183) e O (s.6461). o) A densidade básica média da madeira das procedências, baseada em amostras de madeira retiradas com o auxílio das Sondas de Pressler, de 15 árvores por procedência, ao nível do D.A.P. das árvores, foi: (Descrito na Tese). p) As procedências ora estudadas apresentam densidade básica média da madeira semelhante a densidade básica média da madeira de talhões comerciais de E. saligna Sm., aos 5 anos de idade. q) Com base nos resultados obtidos, e tendo em vista que a espécie, em sua região de origem é uma das mais utilizadas em serraria, sugere-se que se intensifiquem os estudos do Eucalyptus pilularis Sm. visando seu aproveitamento também neste campo. r) Em vista dos resultados obtidos recomenda-se a instalação de talhões porta-sementes com as origens mais adaptadas.