Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Vomero, Maria Fernanda Ceccon |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27155/tde-21022018-160235/
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Resumo: |
Esta pesquisa se propõe a compreender como e por que a experiência estética teatral nos territórios palestinos ocupados pode ser transformadora tanto para os artistas envolvidos quanto para os espectadores, revelando-se um meio de autonomia criativa, emancipação subjetiva e afirmação do corpo em contexto de opressão, violência e constante violação aos direitos humanos. A presente investigação toma como base o caso do grupo e centro cultural Teatro da Liberdade (Masrah Al-Hurriya, em árabe, e The Freedom Theatre, em inglês), situado no campo de refugiados de Jenin, no norte da Cisjordânia, visitado pela pesquisadora em duas ocasiões diferentes (2008 e 2016). A princípio, apresenta-se um percurso ao mesmo tempo histórico e geográfico pelos territórios palestinos a fim de compreender o impacto da dominação e das ingerências do Estado de Israel sobre a terra e a população árabe da Palestina na atualidade. Avi Shlaim, Ilan Pappé e Achille Mbembe estão entre os autores utilizados. Em seguida, examinam-se os aspectos do fazer artístico teatral nos territórios palestinos e a especificidade do Teatro da Liberdade, que foi fundado por um judeu-palestino, o ator e diretor Juliano Mer-Khamis. Textos de Judith Butler e Rustom Bharucha oferecem subsídios cruciais. Analisa-se, então, o cotidiano do Teatro da Liberdade, em especial as vivências proporcionadas por sua Escola de Teatro e pelo curso Interpretação, Criação Coletiva e Resistência Cultural, com base em entrevistas presenciais com estudantes, atores, professores e demais integrantes, realizadas durante a pesquisa de campo em 2016, que guiou-se pelos princípios da abordagem cartográfica (Passos; Kastrup; Escóssia, 2009), privilegiando o plano da experiência. Por fim, pretende-se evidenciar os elementos que fazem do teatro uma potente forma de resistência cultural e política no contexto palestino de hoje, partindo de reflexões de Ileana Diéguez sobre a \"crise dos representados\", de Jacques Rancière acerca da partilha do sensível e de Walter Benjamin nas teses de Sobre o Conceito de História (1940), entre outros. |