Estudo piloto randomizado e controlado para avaliar a eficácia da terapia ocupacional na reabilitação de funções executivas em pacientes com esquizofrenia refratária

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Vizzotto, Adriana Dias Barbosa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5142/tde-13012014-141709/
Resumo: Introdução: Estudos baseados em evidências estimam que grande parte dos pacientes com esquizofrenia apresentam prejuízos cognitivos significantes quando comparados com pessoas saudáveis. Os déficits cognitivos, como de atenção, de memória e, principalmente, das funções executivas, são os domínios fortemente prejudicados em pacientes que desenvolveram a doença. Déficits cognitivos são fortes preditores de resultados funcionais a longo prazo, tais como desempenho nas atividades básicas e instrumentais de vida diária, atividades sociais e profissionalizantes, mais do que os sintomas positivos e negativos. O tratamento farmacológico pode ser efetivo nos sintomas positivos e previnem recaídas, mas não tem o mesmo impacto nos déficits cognitivos, sintomas negativos e na funcionalidade. Algumas evidências sugerem que a combinação farmacológica e psicossocial podem ser eficazes na melhora de certas dimensões específicas da psicopatologia da esquizofrenia. Objetivos: O objetivo deste estudo é avaliar a eficácia da Terapia Ocupacional baseada no Método Occupational Goal Intervention na reabilitação de funções executivas de pacientes com esquizofrenia refratária. Trata-se de um estudo randomizado, simples-cego e controlado. Método: Vinte e cinco pacientes com diagnóstico de esquizofrenia refratária foram randomizados e distribuídos em dois grupos: experimental e controle (placebo). O grupo experimental recebeu 30 sessões de terapia ocupacional baseada no método Occupational Goal Intervention (OGI) e o grupo controle recebeu 30 sessões de atividades artesanais de livre escolha, sem intervenção ativa dos terapeutas. As medidas de desfecho primário avaliaram funções executivas pela bateria BADS e as de desfecho secundário avaliaram a funcionalidade do paciente e o seu desempenho nas atividades básicas e instrumentais de vida diária pelas escalas DAFS-BR e ILSS-BR. Além disso, o impacto da intervenção sobre as funções cognitivas foi avaliada por meio de bateria neuropsicológica que mediu as seguintes funções: atenção, funções executivas, memória e o QI estimado. A escala PANSS foi utilizada para monitorar a gravidade dos sintomas psicopatológicos durante o estudo. A eficácia do estudo foi avaliada por medidas de tamanho de efeito (d de Cohen). Resultados: Os resultados mostram melhoras importantes nas funções executivas e na funcionalidade dos pacientes quando comparados a não intervenção, porém não foram encontradas diferenças em termos de desempenho neuropsicológico entre os dois grupos