Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Salla, Lais Camoese |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/42/42135/tde-04052023-183306/
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Resumo: |
Após 36 anos de queda de incidência de malária, em 2017 e 2018 o Brasil apresentou um aumento em 51% dos casos diagnosticados no ano anterior, permanecendo a transmissão virtualmente restrita à Amazônia Legal. A natureza focal da malária no país indica que a sua eliminação depende da priorização de um pequeno número de focos de transmissão. Neste trabalho foram utilizadas abordagens de genética populacional de parasitos para estudar a dinâmica de transmissão da malária residual em Mâncio Lima, área urbana no Vale do Alto Juruá, região da Amazônia Ocidental que concentra 20% dos casos de malária registrados no Brasil. O trabalho tem como base o uso de marcadores de DNA microssatélite para tipagem molecular de 178 amostras de P. vivax coletadas em Mâncio Lima ao longo de 14 meses, afim de analisar a distribuição espaço-temporal de P. vivax, a estrutura populacional do parasito e os níveis de diversidade genética e de multiplicidade de infecções, identificando padrões de circulação de linhagens do parasito na população de hospedeiros. Os resultados revelaram altos índices de diversidade genética, multiplicidade de infecção e desequilíbrio de ligação, indicando baixa recombinação entre clones não aparentados. O agrupamento de amostras indicou a constante introdução de parasitos distintos na cidade e, também, a capacidade de propagação de um único e numeroso agrupamento através do espaço e do tempo. Conclui-se, portanto, que a alta prevalência de malária na cidade de Mâncio Lima é suportada por uma constante introdução de parasitos em um local com alta receptividade e capacidade de transmissão da doença. |