Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Costa, Marcio Bustamante da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8161/tde-13052024-154015/
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Resumo: |
Esta tese trata do que denominamos cultura política autonomista, aqui identificada enquanto parte da tradição socialista, particularmente a que se refere às correntes antiautoritárias, como os anarquismos, a tradição marxiana e os marxismos heterodoxos com destaque para a primeira. Tensionada entre uma historiografia que prioriza ora as culturas políticas e experiências históricas relacionadas à tradição marxista-leninista ortodoxa, ora as relativas à socialdemocracia, a cultura política autonomista, correntemente, tende a ser preterida ou mesmo negada em sua existência. A partir de uma abordagem calcada nas perspectivas da Nova História Política, esta tese elenca três elementos fundamentais do imaginário e das representações do universo político autonomista: o princípio político do comum, a antifragmentação e a prefiguração. A partir desses referenciais, traça-se uma trajetória de longa duração, atravessando a constituição dessa cultura política, suas atualizações e submersões, bem como seu retorno ao centro da cena política a partir da Revolução do Maio de 1968. Passando, em seguida, pelo anarcopunk, pelo movimento antiglobalização da segunda metade da década de 1990 e desaguando no ciclo de protestos dos anos 2010, verificamos as formas pelas quais o autonomismo tem se expressado e se adequado às conjunturas contemporâneas, com destaque para o Brasil. A tese tem como base empírica dois textos clássicos de Proudhon, além de fanzines e referências do imaginário anarquista, bem como depoimentos de militantes e ex-militantes que atuaram no movimento antiglobalização no Brasil e/ou no ciclo de protestos de Junho de 2013, além, é claro, de dialogar com a bibliografia pertinente |