Tratamento endovascular de fístulas arteriovenosas durais tentoriais: uso da via arterial como estratégia de primeira linha

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Rezende, Marco Túlio Salles
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17140/tde-05072021-153921/
Resumo: Introdução: Nas últimas décadas, o tratamento endovascular (TEV) tornou-se a primeira opção terapêutica para a maioria das fístulas arteriovenosas durais tentoriais (FAVDTs). O TEV é associado a melhores resultados clínicos, entretanto, as taxas de oclusão angiográfica são inferiores em relação a microcirurgia ou tratamento combinado. Objetivo: avaliar a eficácia e a segurança do TEV das FAVDTs usando a via arterial como estratégia de primeira linha. Métodos: foram retrospectivamente revisados dados clínicos e radiológicos de 45 pacientes consecutivos, portadores de FAVDTs, tratados por via endovascular. Resultados clínicos e angiográficos imediatos e seis meses após o procedimento foram avaliados. Regressão logística univariada e multivariada foram realizadas para identificar preditores de oclusão angiográfica após a primeira sessão de TEV e de complicações clínicas. Resultados: a via arterial foi realizada de forma isolada em 40 FAVDTs (88,9%); 37 (82,2%) FAVDTs foram completamente ocluídas após a primeira sessão de TEV e 44 FAVDTs (97,8%) foram ocluídas após a última sessão de tratamento. A detecção de menos de cinco artérias nutridoras foi um preditor para oclusão total após a primeira sessão de TEV (Odds ratio, 18,9; 95% IC 2,06-173,57; p=0,01). Angiografia de controle após seis meses do TEV foi realizada em 41 pacientes e todas as FAVDTs encontravam-se ocluídas. Resultados neurológicos satisfatórios em longo prazo foram observados em 41 pacientes (91,1%). Complicações clínicas ocorreram em sete (15,6%), pacientes sendo relacionadas ao número de artérias acessadas durante o TEV (Odds ratio, 2,53; 95% IC 1,10-5,86; p=0,03). A taxa de mortalidade relacionada ao procedimento foi de 2,2%. Conclusão: a via arterial é um tratamento seguro e eficaz para as FAVDTs.