Celso Furtado, entre a história e a teoria econômica (1948-1959): uma interpretação historiográfica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Silva, Roberto Pereira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8137/tde-12112015-163949/
Resumo: Este trabalho analisa a obra de Celso Furtado entre 1948 e 1959. Seu objetivo é investigar como o autor trata a relação entre história e teoria econômica, enquanto um dos principais elementos de sua formulação da teoria do desenvolvimento econômico. Procura-se delinear como essa problemática foi sendo reelaborada ao longo do tempo, entendendo que estas reformulações decorrem dos problemas específicos da economia brasileira, dos diagnósticos que produz sobre esta e dos debates na história do pensamento econômico brasileiro. Metodologicamente, o trabalho está ancorado na historiografia em sua acepção crítica: compreendida como uma reflexão sobre a produção escrita, entrelaçando autor, obra e meio. Nessa perspectiva, procura-se evidenciar como os influxos do presente, a retomada do passado brasileiro e as perspectivas de futuro foram elaboradas e organizadas por Celso Furtado, num arranjo de dialógica transtemporal. Para isso nos centramos em cada conjuntura de elaboração dos escritos de Celso Furtado. Investigamos a participação de Celso Furtado na Comissão Econômica para América Latina (CEPAL), o debate sobre planejamento econômico que envolveu, também, Raúl Prebisch, Eugenio Gudin e Octávio Gouveia de Bulhões a publicação de A economia brasileira (1954) e a tentativa de responder tanto aos problemas conjunturais da economia brasileira quanto apresentar uma primeira tentativa de conciliar história e teoria econômica. As resenhas e comentários publicados na revista Econômica Brasileira e o livro Perspectivas da economia brasileira (1958) explicitam o posicionamento de Celso Furtado frente ao Plano de Metas e apresenta alterações importantes em seu diagnóstico da economia brasileira. ] Finalmente, examinamos Formação econômica do Brasil (1959) como uma nova resposta ao desafio de conciliar história e teoria econômica.