Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1953 |
Autor(a) principal: |
Simão, Salim |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/0/tde-20240301-143144/
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Resumo: |
O presente trabalho foi efetuado afim de se comprovar se haveria ou não uma influência da lua sôbre o desenvolvimento de várias hortaliças; para êste fim escolhemos algumas que vulgarmente se diz muito influenciada pela lua, tais como a alface, chicórea, cenoura, rabanete, cebola e outras que são tidas sem influência, tais como couve-flor, repolho, beterraba e berinjela. Na revisão da literatura vimos as diversas correntes que procuram mostrar a ação da lua sob os seus vários aspectos,tais como o aumento em número de horas de iluminação nas noites claras de lua cheia, a presença de luz polarizada, na fase da lua Crescente, etc. De outro lado vimos também que outros autores mostraram que isso tudo pouco valor teria, pois práticamente a luz emitida pela lua não induz as plantas a fotossíntese bem como nos dias claros, de céu límpido e azul, a quantidade de luz polarizada é muitíssimo maior que aquela que a lua nos pode enviar. Frizamos ainda nessa revisão que há experimentos modernos, feitos por autores de grande renome; entre êles MATHER (42), FOX (20), BEESON (6), MOTTLEY e EMBODY (45) que não encontraram in fluência alguma da lua, mas puderam explicar êsses fenômenos citando outras causas que nao a lua, tais como o fotoperíodo, a temperatura, etc. Do lado opôsto, citamos os trabalhos, também muito bem conduzidos, que mostraram êsses efeitos, tais como os de SEMMENS (57) e os de FOX (19) e GATES (24). A seguir, demos as características geográficas e climatéricas de Piracicaba, tais como: altitude de 540 m, coordenadas geográficas de 22º43 lat. sul e 47º39, longitude W.G.; o clima dado por SETZER (58), segundo Koeppen é CWa; de acôrdo com Thornthwait é BBW e por Serebrenick é tuV°. Mostramos que os nossos experimentos se desenvolveram em canteiros onde colocamos terra roxa bem misturada; os canteiros receberam uma adubação básica de 10 kg de estêrco por metro quadrado e adubação mineral de acôrdo com a cultura. Classificamos as hortaliças em quatro grupos: a) herbáceas (alface, chicórea, repolho e couve-flor); b) raízes (beterraba, cenoura, rabanete e nabo); c) bulbos (cebola); d) frutos (berinjela) e demos para cada um deles todos os detalhes da classificaçao botanica, variedades utilizadas, semeadura, transplante, adubação e colheita. Os dados de produção para cada espécie encontram-se nos quadros de 15 a 31. O método de experimentação utilizado foi de blocos ao acaso, com quatro repetições completas; os tratamentos eram óbviamente as quatro fases da lua: Cheia, Minguante, Crescente e Nova. As análises de variância são dadas nos quadros 32 a 40 e as análises das médias nós quadros 41 e 42. Resumindo os resultados estatísticos, podemos dizer que para a alface, em agôsto de 1949 a Crescente produziu mais que as demais; em abril de 1950 a Cheia e Minguante produziram menos que a Crescente e Nova; em maioo de 1951, a Nova produziu menos que as demais e em abril de 1952 vemos que a Nova e Minguante produ- ziram menos que as outras duas. Para chicórea, em junho a Nova produziu mais que as outras fases, ao passo que em julho foi a Crescente a que maior produção deu. Couve-flor- teve no mês de abril a sua menor produção na fase Crescente, enquanto que no mês de julho as fases Cheia e Minguante produziram menos que Crescente e Nova. Repolho- mostrou na única vez em que houve diferença estatistica significante, que as fases da lua Nova e Crescente produziram mais que Cheia e Minguante. Na cultura da Beterraba, vemos que no mes de abril a fase Crescente produziu mais que as demais, enquanto no mês de maio foi a mesma Crescente que menor rendimento deu. Já no mês de julho, a fase Minguante foi a mais produtiva que as outras três. Cenoura- na produção do mês de junho de 1949 a fase Minguante foi a menos produtiva; no mês de abril de 1952, foi a Crescente a de menor rendimento, e em julho dêsse mesmo ano a Minguante voltou a produzir menos que as demais fases. Nabo- essa cultura só em maio de 1950, mostrou diferenças significantes entre as diferentes fases, com menor produção para Minguante e Crescente. Rabanete- encontramos nessa cultura, que a produção menor foi na da lua Cheia de maio de 1950; em abril de 1952 a fase Nova foi a de menor rendimento enquanto em maio de 1952, a Cres- cente foi a de menor produtividade em relação às outras fases. A Cebola das Canárias no mês de julho de 1951, foi mais produtiva na fase Nova e Crescente. Para Cebola Pêra Rio Grande, no mês de fevereiro de 1950 as fases mais produtivas foram Nova e Minguante; já em maio de 1950 a Crescente e Cheia foram mais produtivas. Em abril dêsse mesmo ano Nova e Crescente foram as que tiveram maior rendimento. Já em abril de 1951 a fase Minguante foi a menos produtiva, ao passo que em junho de 1951 a Nova foi a de maior rendimento. Para explicar as influências da lua, quer aumentando ou diminuindo as produções das várias hortaliças experimentadas, foi invocado como possível causa para certas culturas, a temperatura e o fotoperiodismo. Para maior facilidade de consultas, damos os resultados da influência ou não das várias fases da lua nas diversas hortaliças nos quadros 43, 44 e 45. |