Caracterização agromorfológica, adaptabilidade e estabilidade de populações e divergência genética entre linhagens de soja

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Sousa, Iradenia da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11137/tde-16032016-153531/
Resumo: Este trabalho objetivou caracterizar e estimar a adaptabilidade e a estabilidade de 24 populações e quantificar a divergência genética entre 480 (20 linhagens x 24 populações) linhagens de soja, por meio de caracteres agromorfológicos. Os experimentos foram conduzidos em três locais (Anhumas, Areão e ESALQ), localizados no município de Piracicaba - SP. Nos anos agrícolas 2007/08, 2008/09, 2009/10 e 2011/12 foram realizados dois experimentos por ano, delineados em blocos ao acaso e constituídos por repetições estratificadas em dois conjuntos experimentais, formados por 12 populações e duas testemunhas comuns (BRS 133 e Monsoy 8001 ou Conquista). Em 2011/12, de cada uma das 24 populações, foram colhidas, trilhadas e pesadas as sementes de 36 plantas individuais; a seguir, foram selecionadas as 20 plantas (linhagens F15:16) mais produtivas para compor os experimentos de 2012/13; em 2013/14, foram avaliadas as linhagens F15:17; foram realizados dois experimentos por ano, no delineamento de blocos aumentados de Federer, estratificando-se as 480 linhagens em 24 conjuntos experimentais; cada conjunto recebeu as 20 linhagens de uma dada população, mais as duas testemunhas comuns (BRS 133 e Monsoy 8001), totalizando 22 parcelas. Em todos os anos agrícolas foram conduzidos dois experimentos vizinhos, um com manejo FAS, que recebeu aplicações sucessivas de fungicidas para controle da ferrugem asiática e outras doenças de fim de ciclo (DFC); e, outro experimento com manejo DFC, no qual foram feitas aplicações de um fungicida que controla as DFC, exceto a ferrugem. Vinte caracteres agromorfológicos foram avaliados e também foram estimadas as taxas de reação à ferrugem baseada na produtividade de grãos (FP) e no tamanho das sementes (FT, representado pelo peso de cem sementes); FP e FT foram estimadas para cada genótipo, calculando-se a diferença entre as médias ajustadas nos manejos DFC e FAS, dividindo-se pela média DFC e multiplicando por 100. Para a análise de adaptabilidade e estabilidade, foram utilizados os métodos de Eberhart e Russel e AMMI. No estudo de divergência genética foi usada a distância Euclidiana Média, e os agrupamentos foram obtidos pelo Método de Tocher. Com exceção da cor do tegumento, uniformemente amarelo, foi observada variabilidade genética para todos os demais 19 caracteres, incluindo-se as FP e FT. A população USP 98-13.009 (P21) destacou-se por apresentar médias relativamente altas para produtividade de grãos e para peso de cem sementes e níveis satisfatórios de tolerância à ferrugem. As metodologias Eberhart & Russel e AMMI foram capazes de identificar populações comuns, com médias elevadas para produtividade de grãos, com estabilidade de produtividade e adaptadas aos 16 ambientes em estudo. Os ambientes, principalmente os locais, foram bem distinguidos pela metodologia AMMI. Na análise de divergência, a variabilidade genética, permitiu a observação de linhagens dissimilares. Foram observados diferentes tipos de agrupamento para os experimentos com manejo de doenças (manejos FAS, DFC e combinação FAS + DFC), o que pode ser explicado pela interação genótipos x anos. O agrupamento realizado com os dados obtidos nos experimentos combinados dos manejos (FAS + DFC) foi o mais conciso e adequado com a dissimilaridade entre as linhagens.