Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2006 |
Autor(a) principal: |
Falcao Sobrinho, Jose |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8135/tde-19072007-100413/
|
Resumo: |
A presente pesquisa tem como objeto de estudo a Bacia Hidrográfica do Rio Acaraú, situada no Estado do Ceará. É popularmente conhecida como Vale do Acaraú. A referida área apresenta em seu cenário das paisagens diversas feições geomorfológicas, constituídas por zona litorânea, superfície sertaneja e os maciços residuais úmidos. Perfazendo um percurso histórico no Vale do Acaraú, os ambientes do litoral, da superfície sertaneja e dos maciços, dispôs em seus aspectos físicos e culturais uma intensa modificação nas paisagens. A recolonização foi sem dúvida um fator primordial para o aceleramento da dinâmica das paisagens. A partir da entrada dos povos europeus pela zona litorânea, a vegetação foi o primeiro elemento natural a sofrer um processo intenso de alteração, já que era extraída e comercializada para a Europa. Em seguida a superfície sertaneja teve, na criação do gado e na cultura do algodão, o principal agente modificador no cenário da paisagem local. A influência do relevo, em relação aos maciços residuais úmidos, fez com que estas áreas oferecessem o suporte necessário à cultura da mamona e do café, fatos estes que influenciaram na constituição do cenário a paisagem local. Em cada tipo de uso da terra, as marcas dos processos erosivos foram configurando-se no cenário das paisagens, como também novas relações culturais eram mantidas com o povo local, sendo que muito dos costumes iam se adaptando-se as relações atuais. Em tais circunstâncias objetivou-se estabelecer uma reflexão sobre uma base metodológica que contemplasse o entendimento da organização da paisagem na Bacia Hidrográfica do Rio Acaraú, abrangendo a prática agrícola em seus aspectos sócio-culturais e físicos-bióticos. E, em segundo momento analisar a organização e dinâmica da Paisagem da Bacia Hidrográfica do Rio Acaraú a partir do uso do solo agrícola em suas bases empíricas, cognitivas e experimentais. Desta forma, as categorias Relevo e Paisagem, foram determinadas para fins de análises, tendo Sauer e Bertrand, subsídios para refletilas. A partir de então foi proposta uma base metodológica. Delimitou três áreas para fins de análises, mapeando-as em seus aspectos naturais. O critério da escolha das áreas pautou-se na compartimentação geomorfológica, sendo selecionadas: (a) Monsenhor Tabosa, em ambiente de maciço residual úmido; (b) Varjota, em ambiente da superfície sertaneja e (c) Morrinhos, em ambiente da zona litorânea. Nas referidas áreas foram aplicados 300 questionários e entrevistas, 100 em cada área. Foi montado um campo experimental, para fins de quantificação de perdas de solos em diversas práticas de manejo, em cada área, sendo que o monitoramento do experimento deu-se no período de dois anos, somente na estação chuvosa. Diante os dados obtidos, foi possível observar a influência do relevo como condição de suporte e de uso dos recursos naturais, por parte do agricultor. Fato este que possibilitou fazer uma reflexão da organização e dinâmica da paisagem de forma integrada em cada compartimentação geomorfológica |