Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Teixeira, Claudio Alexandre de Barros |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8150/tde-08022010-122934/
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Resumo: |
A estética do labirinto: barroco e modernidade em Ana Hatherly tem como objetivo estudar a criação poética da autora portuguesa, apontando suas afinidades estéticas com as tradições barroca e maneirista, e em especial com os labirintos (ou textos visuais) do século XVII. Ana Hatherly, que integrou o movimento da Poesia Experimental Portuguesa (PO-EX), na década de 1960, fez uma releitura criativa dessa herança cultural, ao mesmo tempo em que dialogou com formas e procedimentos da vanguarda internacional (e em particular com a Poesia Concreta), visando a reinvenção da escrita, mesclando recursos da literatura, da música, da pintura e outras formas de expressão. A escrita renovada de Ana Hatherly demanda um outro tipo de recepção por parte do leitor, que participa da descoberta ou da construção de significados, numa reinvenção da leitura. A estratégia criativa de Ana Hatherly aproxima-se, portanto, do conceito de obra aberta, formulado por Umberto Eco e Haroldo de Campos, que pode ser definida como um tipo de estrutura estética que permite múltiplas leituras, a partir de certo conjunto de regras estabelecidas pelo autor (que revela assim o aspecto de jogo da obra de arte). Este é um dos conceitos centrais discutidos na dissertação, aplicado à análise de obras da autora como as Tisanas, com apoio adicional nas formulações teóricas de autores como Affonso Ávila, Gustav R. Hocke e Johann Huizinga. Por fim, discutiremos os conceitos de vanguarda com base em autores como Marjorie Perloff, Renato Poggioli e Richard Kostelanetz, com o objetivo de apontar a atualidade de muitas das propostas do movimento da PO-EX, que não se limitam a um determinado contexto histórico, relacionando-se, inclusive, com experiências realizadas nos dias de hoje, no campo da poesia eletrônica ou digital. |