Avaliação do potencial anticâncer da L-lisina α-oxidase recombinante de Trichoderma harzianum

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Costa, Mariana do Nascimento
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17131/tde-11072024-165023/
Resumo: A L-lisina α-oxidase (LO) de Trichoderma harzianum é uma enzima da família das Laminoácido oxidases (LAAOs), flavoproteínas que são alvo de grande interesse médico devido a sua alta toxicidade sobre diversos patógenos e linhagens de células tumorais. A LO é de grande interesse biotecnológico, porque assim com outras LAAOs, pode promover a depleção de aminoácidos do ambiente tumoral, afetando reações metabólicas essenciais para o crescimento das células do câncer. Sendo assim, o objetivo desse trabalho foi avaliar o potencial anticâncer da LO recombinante (rLO) de T. harzianum, bem como caracterizar o tipo de morte induzido e as vias de sinalização envolvidas. Inicialmente, foram determinadas as condições de estocagem para melhorar a estabilidade de rLO e nossos resultados mostraram que rLO é mais estável quando armazenada em solução de glicerol 50%. Determinou-se que a cauda de GST a qual rLO está fusionada é importante para a estabilidade da enzima e por isso foi mantida. Porém, a proteína GST sozinha não foi tóxica para as células, indicando que o efeito observado é atribuído a rLO. Em seguida, a toxicidade foi testada em células Jurkat por citometria de fluxo e observou-se que concentrações maiores que 1 mU/mL de rLO reduziram significativamente a viabilidade de Jurkat, apresentando um efeito dose-dependente. Além disso, os marcadores Anexina V-FITC e PI foram utilizados para rastrear eventos de apoptose e apoptose tardia, que foi confirmado por citometria de fluxo. Também foi feita uma análise de microscopia time-lapse que mostrou que as células estimuladas com rLO entram em apoptose depois de cerca de 8 horas do tratamento. A toxicidade de rLO também foi testada em células não tumorais da linhagem HEK 293T que não teve a viabilidade afetada por rLO, bem como não induziu apoptose nesse tipo celular. Por fim, estudou-se, através do uso de inibidores, as possíveis vias de sinalização envolvidas na indução de morte das células Jurkat tratadas com rLO. As vias que responderamm ao estímulo de rLO foram ERK, JNK e p38. Conclui-se, portanto, que LO é capaz de reduzir a viabilidade e promover apoptose em células da linhagem Jurkat através da ativação de MAPKs que regulam diversas atividades celulares relacionadas ao desenvolvimento do câncer, incluindo proliferação, diferenciação, apoptose, autofagia e inflamação.