Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Peres, Pedro Henrique de Faria |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/91/91131/tde-28092015-113818/
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Resumo: |
Informações sobre o uso do espaço são importantes para o entendimento de processos ecológicos que envolvem uma espécie e a determinação de seu estado de conservação. Tais informações são escassas para o gênero Mazama, o mais diverso entre os cervídeos neotropicais, sendo que desenvolver metodologias para obtenção de dados ecológicos do gênero torna-se fundamental para qualquer ação de manejo envolvendo o grupo. O estudo do DNA fecal surge como uma ferramenta importante para viabilizar a coleta sistemática de informações sobre o gênero. Assim, o presente trabalho visou a estimar a área de vida e a seleção de hábitat do veado-catingueiro, comparando duas metodologias, com intuito de avaliar a aplicação do DNA fecal como alternativa para se estudar a espécie. O trabalho contou com 6 animais que tiveram suas localizações obtidas a cada 13 horas por colares GPS, no período de um ano. Nesse mesmo período e na mesma área, foram coletadas mensalmente amostras fecais, gerando um total de 830 amostras, cujo DNA foi extraído para identificação genética. A espécie das amostras foi determinada com o uso de um marcador mitocondrial (cit-b), e a identificação individual, com um painel de 11 microssatélites. Os valores de área de vida pelo método do MPC 95% variaram de 33 ha a 97 ha, e pelo método Kernel com 95% das localizações, variaram de 17 ha a 77 ha. Observou-se que as áreas de vida são alocadas nos diferentes habitats da região conforme o disponível (p = 0,072), porém são utilizadas internamente de forma selecionada (p=0,001). Neste nível, a espécie apresentou preferência pelos hábitats de cerrado e campo cerrado e evitou o campo (p < 0,005). Foram identificadas 670 amostras de veado-catingueiro e 15 genótipos únicos. A análise espacial das fezes também sugeriu uso desproporcional dos hábitats em relação à sua disponibilidade, sendo que a comparação direta entre os dois métodos revelou iguais distribuições no nível de espécie (p=0,178). As amostras individualizadas sugeriram um padrão de alta sobreposição de área de uso por diferentes indivíduos, mas avanços são necessários para melhor elucidar a questão. Perante os resultados observados, entende-se que há muito em se avançar na análise molecular das fezes que, realizada em larga escala, pode fornecer respostas importantes anteriormente inviáveis para espécies florestais. |