Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Pinto, Lívia Kondrat |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47131/tde-20042012-110954/
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Resumo: |
As mudanças ocorridas na sociedade e nos padrões de comportamento das últimas décadas, impulsionadas pelo crescimento econômico, globalização e urbanização contribuíram para a atual epidemia de obesidade, considerada hoje um problema de saúde pública e fator de risco para inúmeras doenças. Por ser uma doença multifatorial, seu tratamento é complexo e envolve a necessidade de mudanças nos hábitos e comportamentos alimentares, bem como do estilo de vida, devendo ser desenvolvido por uma equipe interdisciplinar. O Balão de Ar é um dos tratamentos disponíveis dentro do modelo médico, em especial, o Balão da BioFlex. Contudo, a adesão ao tratamento para a obesidade por parte dos pacientes é considerada baixa. A presente pesquisa tem como objetivo identificar traços e características da estrutura e da dinâmica da personalidade de pacientes obesos e verificar a relação entre os resultados obtidos e a adesão ao tratamento. A amostra foi composta por 19 participantes, sendo 15 mulheres e quatro homens, independentemente dos níveis socioeconômico e educacional. Os participantes foram encaminhados pela equipe médica responsável e pelos próprios pacientes que já estavam em tratamento. Os instrumentos utilizados foram o Psicodiagnóstico de Rorschach e as observações clínicas das avaliações psicodiagnósticas e dos encontros psicoeducativos grupais mensais. Os pacientes foram divididos em três subgrupos: aqueles com perda maior de 10% do peso inicial (Grupo A), os com perda menor de 10% (Grupo B) e aqueles com ganho de peso (Grupo C). A avaliação psicológica ocorreu no hospital em que o tratamento e a própria pesquisa foram realizadas e no consultório da psicóloga pesquisadora, conforme a disponibilidade de horários dos pacientes. O acompanhamento em grupo ocorreu exclusivamente no próprio hospital, em local adequado para sua realização e autorizado pelo médico responsável pela pesquisa. Verificou-se que os pacientes do Grupo A apresentam flexibilidade cognitiva e possuem recursos psíquicos para lidar com as demandas, no entanto estão vivenciando algum grau de estresse subjetivamente sentido, o que dificulta a mobilização adequada e suficiente desses recursos, contribuindo para a diminuição da tolerância à frustração e o aumento da impulsividade. Observa-se, ainda, a presença de traços narcisistas de personalidade e o uso da intelectualização como principal mecanismo defensivo. Os pacientes do Grupo B possuem poucos recursos psíquicos, maior rigidez cognitiva, apresentam dificuldades em identificar as necessidades básicas internas primárias e secundárias e lançam mão da fantasia como principal defesa psíquica. Tanto os pacientes do grupo A como os do Grupo B delegam aos outros as responsabilidades pelas suas escolhas, possuem uma postura mais passiva e menos assertiva nos relacionamentos interpessoais, bem como imaturidade emocional, além de dificuldades em estabelecer vínculos significativos e nos processos de simbolização. Já aqueles pacientes do Grupo C são imaturos emocionalmente e apresentam dificuldades em estabelecer vínculos significativos com os outros e em identificar aquilo que sentem. Conclui-se, com base no que foi observado, que há algumas 9 semelhanças e diferenças no funcionamento psíquico entre aqueles que perderam mais peso daqueles que perderam menos ou ganharam peso, assim como em relação à adesão ao tratamento |