Desenvolvimento e caracterização de nanopartículas poliméricas contendo extratos de própolis e avaliação de suas atividades biológicas em células de câncer de próstata

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Luzenti, Andréia Marincek
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/60/60137/tde-14062022-144124/
Resumo: O câncer de próstata é o sexto tipo com maiores índices de mortalidade na população mundial masculina. O tratamento para esse tipo de câncer pode levar a alterações fisiológicas que prejudicam a qualidade de vida dos pacientes e, por esse motivo, novos compostos têm sido estudados como substitutos ao tratamento convencional. A própolis tem mostrado atividade citotóxica frente a vários tipos de câncer, sendo as de maior interesse no Brasil a própolis verde (PV) e a própolis vermelha brasileira (PVB). O uso terapêutico da própolis é limitado devido à reduzida biodisponibilidade de grande parte de seus compostos, sendo a nanoencapsulação destes uma estratégia para superar essas limitações. Os objetivos deste trabalho foram o desenvolvimento e caracterização de nanocápsulas contendo PV (NC-PV) ou PVB (NC-PVB) e avaliação da sua atividade biológica em células de câncer de próstata. Para isso, extratos de PV ou PVB foram encapsulados em estruturas do tipo nanocápsulas, sendo o seu método de obtenção otimizado por planejamento experimental Box-Behnken Design, avaliando a influência das concentrações de polímero, óleo e tensoativo no diâmetro e índice de polidispersão (PdI) das nanoestruturas. As NC-PV e NC-PVB apresentaram diâmetros de 201 e 183 nm, respectivamente, baixo PdI, potencial zeta negativo e pH entre 3 e 4. A eficiência de encapsulamento dos marcadores de ambos os extratos determinada por UPLC/MS foi superior a 98%, com exceção do ácido cumárico (43%). Os nanocarreadores apresentaram forma esférica, estabilidade no período avaliado (120 dias) e um perfil de liberação in vitro dos compostos majoritários controlado especialmente por mecanismos de erosão e difusão. Os ensaios de citotoxicidade conduzidos em células de câncer de próstata PC-3 indicaram uma maior atividade citotóxica dos extratos livre e encapsulado de PVB em comparação aos de PV; além disso, a NC-PV apresentou citotoxicidade superior ao extrato de PV, enquanto a NC-PVB e PVB demonstraram citotoxicidades semelhantes. Dessa forma, os resultados obtidos indicam que as formulações de nanocápsulas desenvolvidas constituem um sistema favorável ao encapsulamento dos extratos de PV e PVB com potencial aplicação em terapias contra o câncer.