Estudo sobre o nariz para reconstrução facial forense

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Strapasson, Raíssa Ananda Paim
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/23/23158/tde-11042019-090507/
Resumo: Esta tese é composta por três capítulos. O primeiro capítulo teve por objetivo analisar quais as técnicas de reconstrução nasal mais consistentes em contexto forense através de uma revisão sistemática da literatura. No total, existem 15 métodos de reconstrução nasal descritos na literatura. Para localizar a ponta do nariz e estimar a projeção nasal em indivíduos brasileiros, o método que se demonstrou, em meta-análise, o mais apropriado foi o que considera que o ângulo (ponto Pronasale) formado pelas retas que partem dos pontos Rhinion e Prosthion possui valor aproximado de 90º. O capítulo II teve como propósito testar, mediante análise de imagens tomográficas, o método desenvolvido em indivíduos brasileiros para estimar a localização da ponta do nariz em casos de reconstrução facial forense. De acordo com a técnica, o ângulo (ponta do nariz) formado pela união de retas traçadas a partir dos pontos Rhinion e Prosthion corresponde a 90º. O programa Horos® foi utilizado para analisar as imagens dos exames de tomografia computadorizada de feixe cônico. Os critérios de seleção da amostra foram semelhantes aos utilizados no trabalho que propõe o método, assim como as análises realizadas. Os resultados mostraram que o ângulo de interesse correspondeu em média a 96.5º. Esta diferença resultou em uma inacurácia de aproximadamente 3 mm da localização estimada da ponta do nariz em relação à sua localização real. Em termos práticos, esta diferença não impede o reconhecimento facial. O terceiro capítulo teve o propósito de testar o método proposto para estimar a largura nasal de indivíduos brasileiros em reconstrução facial forense, além de determinar parâmetros em tecido duro para estimar a largura nasal e verificar relações entre o tipo facial e a morfologia do perfil nasal. A amostra foi composta por 246 imagens de tomografia computadorizada de feixe cônico (feminino: 183; masculino: 63). O programa Horos® foi utilizado. As análises em tecido duro foram realizadas na visualização de reconstrução multiplanar com projeção de máxima intensidade igual a zero, e a análise do perfil nasal foi realizada em tecido mole na ferramenta de visualização de superfícies. Os resultados mostram que o método proposto para estimar a largura nasal em brasileiros apresentou uma inacurácia de aproximadamente 1 mm, fato que não interfere no reconhecimento facial. Não houve relação de proporção direta entre a largura do nariz e a abertura piriforme, nem entre a largura do nariz e a distância intercanina, mesmo quando foram consideradas variáveis como sexo, idade e tipo facial. O biótipo facial longo apresentou relação moderada com o perfil nasal reto (r=0.037).