Análise da relação entre grau de internacionalização e nível de maturidade em gestão de riscos corporativos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Bution, Jefferson Luiz
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12139/tde-20122016-111322/
Resumo: A Gestão de Riscos Corporativos (GRC) tem despertado interesse da academia desde a década de 1990, quando foi definida como uma administração abrangente e holística dos riscos empresariais, em contraste à Gestão Tradicional de Riscos que objetiva proteção. Desde então, a maior parte dos estudos empíricos disponíveis sobre a GRC pretenderam associá-la a desempenho ou eficiência e pouco há sobre sua relação com o processo de internacionalização de empresas. O menor foco da literatura sobre essa relação desperta atenção, uma vez que o processo de internacionalização implica na exposição a riscos inerentes às diversas geografias e frequentemente atípicos nos países de origem das empresas. Dessa forma, a GRC pode ser uma vantagem competitiva no processo de internacionalização. Nesse contexto, esta dissertação investigou a relação entre Grau de Internacionalização (GI) e Nível de Maturidade em Gestão de Riscos Corporativos (NMGRC) de empresas brasileiras. Para isso, utilizou-se de análise de conteúdo dos Formulários de Referência de 72 empresas listadas nos três níveis de governança corporativa da BM&F Bovespa no ano fiscal de 2013. Por meio da técnica estatística multivariada de Análise de Componentes Principais foram definidos três construtos para a composição do GI (Receita do Exterior, Recursos Físicos e Humanos no Exterior e Participação em Sociedades no Exterior) e três para NMGRC (Liderança na Gestão de Riscos, Suporte Externo para Gestão de Riscos e Prática de Gestão de Riscos). Os construtos então foram agrupados em um índice composto para NMGRC e GI, seguidos de propostas métricas aplicáveis a dados primários. As análises estatísticas foram realizadas de forma associativa, por meio de correlações, entre grupos, com a análise de quatro agrupamentos ordenados por GI; e de forma preditiva, com emprego de Regressão Logística Ordinal. Os resultados mostraram uma relação direta e proporcional entre o Nível de Maturidade em Gestão de Riscos Corporativos e o Grau de Internacionalização das empresas pesquisadas pelos três métodos de análise. Quanto ao efeito da GRC no GI, esta última teve maior relação com Liderança na Gestão de Riscos, seguida em importância por Prática de Gestão de Riscos. O construto Suporte Externo para Gestão de Riscos não foi conclusivo. Quanto ao efeito da internacionalização no NMGRC, a maior relação foi encontrada para Receita do Exterior, seguida de Recursos Físicos e Humanos no Exterior. O construto Participação em Sociedades no Exterior não foi conclusivo. Com esses resultados, esta dissertação encontrou indícios de que o engajamento da alta direção com a GRC pode trazer vantagem no atingimento dos objetivos de internacionalização das empresas brasileiras de capital aberto, principalmente quando as receitas do exterior aumentam ou há alocação de recursos físicos e humanos fora do país.