Ocorrência de infecção por Leishmania spp. e Brucella spp. na população indígena e em cães habitantes da Terra Indígena Tapirapé e em cães habitantes da Terra Indígena Karajá

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Lima, Julia Teresa Ribeiro de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10134/tde-10122013-081551/
Resumo: As leishmanioses são antropozoonoses de caráter crônico e distribuição mundial e apresentam uma incidência estimada de 2 milhões de novos casos por ano, entre leishmaniose visceral (LV) e leishmaniose tegumentar (LT). Os cães são bastante susceptíveis à infecção por LV e devido à sua estreita relação com o homem, são considerados os reservatórios de maior importância para a transmissão da doença ao ser humano. As leishmanioses ocorrem de forma endêmica nas regiões Norte, Nordeste, CentroOeste e Sudeste, fazendo-se necessária a realização de inquéritos sorológicos, visando conhecer a situação epidemiológica da doença nas áreas com transmissão ativa ou com potencial de transmissão. A brucelose é uma zoonose de distribuição mundial que causa infecção sistêmica no homem e diminuição da eficiência reprodutiva e aborto em espécies domésticas e silvestres. No Brasil, a brucelose devido a Brucella abortus é a infecção brucélica mais prevalente, seguida da B. suis e B. canis. Devido ao caráter zoonótico e a perdas reprodutivas é importante diagnosticar animais infectados para interromper a transmissão da doença. A partir do exposto, realizou-se um inquérito sorológico em humanos e em cães habitantes de aldeias indígenas da região amazônica do Brasil, com o objetivo de identificar áreas endêmicas para Leishmania spp. e Brucella spp. O presente estudo analisou amostras de soro e sangue de todos os indígenas e cães habitantes da Terra Indígena Tapirapé, assim como de cães da Terra Indígena Karajá, através dos testes sorológicos ELISA e RIFI para a pesquisa de leishmaniose e dos testes sorológicos IDGA e AAT, além da PCR para a pesquisa de brucelose. Os resultados obtidos para os humanos apresentaram prevalências de 0,4% e 0,9% para LT e brucelose, respectivamente. Todos os humanos foram negativos para LV. Para os cães das aldeias Tapirapé os resultados de prevalência foram 1,8%, 0,9% e 6,1% para LV e LT e brucelose, respectivamente. Os cães das aldeias Karajá apresentaram resultados negativos para LV e prevalências de 0,9% e 5,2% para LT e brucelose, respectivamente. Os resultados obtidos neste estudo indicam baixa ocorrência de infecção por Leishmania spp. e ocorrência moderada de infecção por Brucella spp. Embora as leishmanioses se apresentem pouco disseminadas nas áreas estudadas, requerem atenção, assim como a brucelose, para a tomada de medidas de controle e profilaxia.