As representações e o que aprendemos a \"ver\" sobre o ciclo de vida das plantas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Santana, Margarete Alves Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/100/100135/tde-18062014-162303/
Resumo: Analiso nesta dissertação as representações sobre o ciclo de vida das plantas de onze coleções de livros didáticos de ciências aprovados pelo Programa Nacional de Livros Didático (PNLD) referente ao ano de 2011 para, em um segundo momento, focar nas mensagens visivas das representações de cada uma das divisões de plantas briófitas, pteridófitas, gimnospermas e angiospermas. As mensagens visivas permitir-me-iam caracterizar as transformações ocorridas tanto na forma de representar o ciclo quanto nas linguagens utilizadas nas estruturas representacionais que, na maioria das vezes, não condizem com os títulos empregados para nomeá-las. Lançando mão dos pressupostos da tríade pierciana (ícone-objeto-símbolo) a análise semiótica empreendida forneceu-me subsídios para, em uma terceira etapa da pesquisa, coletar desenhos junto aos sujeitos da pesquisa no que tange ao ciclo de vida das plantas, cujos ícones apresentaram os indícios que caracterizam o objeto, ou seja, o ciclo de vida das plantas - encerrado em simbologias com significados que reverberam em contextos históricos específicos, como uma lei própria das estruturas iconográficas. Nos ciclos de vida das plantas essas simbologias se encerram no círculo, envolvendo a vida das plantas como algo ininterrupto, isto é, a planta germina, cresce, desenvolve-se, reproduz e volta a germinar. Baseada nas premissas piercianas constatei que embora as imagens no ensino de ciências sejam de fundamental importância, elas interferem sobremaneira na aprendizagem dos fenômenos naturais, modificando percepções entre os ícones e o objeto real, fato este evidenciado quando comparei as representações imagéticas dos sujeitos desta pesquisa com as representações dos livros didáticos de ciências nos quais não há indícios da finalização do ciclo vital das plantas: a representação da senescência e da morte das plantas.