Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Baraldi, Cláudia de Oliveira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17145/tde-03082023-153838/
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Resumo: |
Introdução: Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP) é a endocrinopatia ginecológica mais freqüente no menacne, com prevalência variando entre 3 e 17%, caracterizada por hiperandrogenismo, irregularidade menstrual e ovários policísticos. Diabetes mellitus (DM) é uma síndrome de etiologia múltipla, decorrente da falta de insulina e/ou da incapacidade da insulina de exercer adequadamente seus efeitos. Caracteriza-se por hiperglicemia crônica, freqüentemente acompanhada de dislipidemia, hipertensão arterial e disfunção endotelial. A metformina pertence ao grupo das biguanidas, uma classe de drogas antidiabéticas orais. Tem sido utilizada com freqüência no tratamento de pacientes com SOP ou com diabetes mellitus tipo 2, com o objetivo de diminuir a resistência insulínica. Em pacientes com DM, promove melhora da hiperglicemia crônica e as complicações decorrentes da mesma. Sua utilização nesses grupos de pacientes durante toda a gestação por gestantes com SOP e com diabetes mellitus tipo 2, reduz significativamente o número de abortos espontâneos de primeiro trimestre, a taxa de ocorrência de diabetes gestacional e de síndromes hipertensivas. Objetivos: comparar a farmacocinética da metformina em gestantes com SOP versus pacientes com diabetes mellitus tipo 2. Pacientes e Métodos: foram avaliadas oito gestantes com SOP e nove gestantes com diabetes mellitus tipo 2, em uso de metformina 850 mg via oral de 12/12 horas e mesmas foram submetidas à avaliação da concentração plasmática da metformina por um período de 12 horas no terceiro trimestre da gestação. Foram coletadas amostras sangüíneas maternas nos tempos 0; 0,5; 1; 1,5; 2; 2,5; 3; 4; 5; 6; 7; 8; 9; 10; 11; 12 horas para determinação das concentrações de metformina por cromatografia. Determinadas as concentrações, foram traçadas as curvas de concentração em função do tempo e análise farmacocinética monocompartimental, determinando-se t½, tmax, Cmax, AUC0-12, Cmédia, Flutuação, Cl/f e Vd/f. Os resultados farmacocinéticos dos grupos estudados foram apresentados em mediana e percentis 25 e 75 e comparados utilizando-se o teste estatístico de Mann-Whitney considerando-se nível de significância p < 0,05. Resultados: As medianas dos parâmetros farmacocinéticos encontrados para pacientes com SOP versus DM2 foram respectivamente: t½ de 3,75 h versus 4,00 h, tmax de 2,00 h versus 3,00 h, Cmax de 1,42 µg/mL versus 1,21 µg/mL, Cmédia de 0,53 µg/mL versus 0,56 µg/mL, AUC0-12 de 6,42 µg.h/mL versus 6,73 µg.h/mL, Cl/f de 105,39 L/h versus 98,38 L/h, Vd/f de 550,51 L versus 490,98 L, flutuação de 179,56 % versus 181,73%. Conclusões: O estudo demonstrou diminuição da Cmax, aumento do volume de distribuição e do clearence aparente da metformina em ambos os grupos em relação a dados da literatura paras as pacientes não gestantes, provavelmente em função do aumento do volume plasmático e aumento da excreção renal em função da gestação. Estes dados nos levam a alertar para possibilidade de aumento de dose durante a gestação. Os parâmetros farmacocinéticos estudados não apresentaram diferenças entre os grupos (SOP versus DM2), indicando que o diabetes mellitus tipo 2, em uso de insulina na gestação, não influenciou na farmacocinética da metformina administrada na dose de 850 mg via oral de 12 em 12 horas. |