Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Silva Junior, Geraldo Pereira da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6136/tde-30052012-152037/
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Resumo: |
Ao abordar o tema mercado sexual, destacamos a prática da prostituição como uma das principais maneiras de se inserir e atuar nesse universo. No presente trabalho voltamos o olhar para a prostituição de rua praticada por garotos de programa, com o intuito de entender e revelar subjetividades presentes nesse contexto, uma vez que, no campo da Saúde Pública, esse tema geralmente culmina em um viés epidemiológico, voltado para os riscos que correm de contraírem doenças sexualmente transmissíveis. Com base nas referidas pesquisas, programas de Saúde Pública, na maioria das vezes, planejam e executam ações que entendemos como engessamento social e de saúde. Nesse sentido, contribuímos trazendo novas informações sobre o tema, oriundas da pesquisa realizada no período de 2010-2011, junto a garotos de programa da região de Osasco, Grande São Paulo/SP. Metodologicamente, contamos com contribuições de pesquisas etnográficas, destacando-se a observação-participante, o diário de campo, as entrevistas itinerantes e em profundidade. Ao longo da pesquisa emergiram categorias de análise como sexualidades, hierarquias sexuais e masculinidades. Referências de autores como Gayle Rubin, Michael Foucault e Nestor Perlongher foram fundamentais para a aproximação teórico-metodológica. Consideramos que, comparativamente ao cenário no qual estavam inseridos os garotos de programa que atuavam em São Paulo entre as décadas de 70 e 80, surgiram novos códigos e novas categorias de atuação, cujas práticas não necessariamente são interpretadas como prostituição. Nesse sentido, esses garotos não se identificam inseridos em um mercado sexual e elegem o prazer remunerado como uma nova categoria para justificar suas vivências que se dão entre a clandestinidade, as práticas homossexuais e a afirmação da masculinidade. Por último, apresentamos também suas diversidades, especificidades e enfatizamos as inúmeras violências às quais estão expostos em suas práticas sexuais e comerciais |