Estudo de três viroses de crucíferas transmitidas por afídios

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1980
Autor(a) principal: Lima, Maria Lucia R. Zaksevskas da Costa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11135/tde-20240301-144041/
Resumo: Três vírus, isolados de crucíferas, transmitidos por afídios e denominados mosaico Arapoti, mosaico UFP e encarquilhamento, foram estudados sob vários aspectos. Os vírus dos mosaicos Arapoti e UFP infectaram plantas das famílias Aizoaceae, Amaranthaceae, Balsaminaceae, Boraginaceae, Chenopodiaceae, Compositae, Convolvulaceae, Cruciferae, Polemoniaceae, Resedaceae e Solanaceae. O vírus do encarquilhamento infectou apenas plantas da família Cruciferae. O ponto de diluição final para os vírus dos mosaicos Arapoti, UFP e encarquilhamento ficou situado entre 10-4 e 10-5 , o de inativação térmica entre 55 e 60°C para os dois primeiros e, entre 70 e 75° c para o terceiro. A longevi_ dade uin vitro" do vírus do mosaico UFP foi determinado como sendo entre 12 e 14 dias, a do vírus do mosaico Arapoti foi superior a 16 dias, a do vírus do encarquilhamento entre 4 e 6 dias. Os exames ao microscópio eletrônico de preparações pelo método "leaf dip", a partir de folhas infectadas pelos vírus dos mosaicos Arapoti e UFP, revelaram a presença de partículas alongadas flexíveis, com comprimento na faixa de b80 a 720nm. Em secções ultrafinas, foram observadas inclusões do tipo catavento. No exame de secções ultrafinas, feitas a partir de tecido infectado com o vírus do encarquilhamento, foi observada a presença de partículas esferoidais na faixa de 45-50mm. Os três vírus apresentaram relações com o vetor Mysus persicae Sulz. do tipo não persistente ou estiletar. Todos os testes realizados para verificar a transmissibilidade pelas sementes, resultaram negativos. Os testes relativos ao círculo de hospedeiros, propriedades físicas, relações vírus - vetor e morfologia das partículas, indicaram que os mosaicos Arapoti e UFP pertencem ao grupo do vírus do mosaico do nabo e o encarquilhamento, ao grupo do vírus do mosaico da couve-flor. Os levantamentos realizados mostraram que as maiores porcentagens de infecção pelo vírus do mosaico do nabo foram observadas no município de Curitiba (95,0%), Araucária (53,5%) e Piraquara (41, 7%). O mosaico da couve-flor foi predominante em Colombo (71,8%) e Piraquara (40,0%) . Em condições de campo, as variedades de rabane- te, popularmente denominadas nabo Minowase e Shogoin e a variedade Branco Colo Roxo, foram as que apresentaram as maiores porcentagens de redução em peso, quando infectadas pelo vírus do mosaico do nabo. Em condições de casa de vegetação, quando os vírus dos mosaicos Arapoti, UFP e encarquilhamento foram inoculados sozinhos e em várias combinações, as maiores porcentagens de redução na produção, para as 5 variedades de rabane- te testadas, foram aquelas devidas a infecções mistas, com o vírus do mosaico Arapoti ou UFP + encarquilhamento ou à combinação dos três.