Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Batista, Rafael Jonas Righi |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/14/14133/tde-16032013-100911/
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Resumo: |
Como o tempo e o clima influenciam o homem e a sociedade são alvos de estudo desde que Hipócrates, 400 a.C., escreveu \"Ares, águas e lugares\". A partir do século XX, desenvolveram-se índices de conforto térmico (CT) que, apesar de apresentarem limitações, mostraram-se capazes de quantificar essas interações através de uma aplicação maleável e acessível. Observa-se que apesar de parte dos estudos biometeorológicos abordarem as mudanças climáticas, poucos tratam da projeção de índices para cenários futuros. Assim, o objetivo geral desse trabalho foi avaliar o comportamento climatológico do Índice de Desconforto (ID), Temperatura Resultante (TR) e Temperatura Resultante com o vento (TRv) na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) e projetá-los para o futuro, através das simulações do modelo regional climático (MCR) RegCM3, para os anos de 1960 a 1990, 2010 a 2040 e 2070 a 2100. O MCR foi forçado pelo Modelo de Circulação Geral da Atmosfera (MCGA) ECHAM5, de acordo com o cenário de emissões A1B, estabelecido pelo Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC). Assim, é realizada uma avaliação dos meses de maior desconforto na RMSP com base nos dados da estação meteorológica do IAG através dos quantis. Maior foco é dado nos quantis superiores e inferiores (QS e QI) que representam as situações de maior desconforto e exercem influência em populações vulneráveis, como a dos idosos. A Raíz Quadrada do Erro Médio elevado ao Quadrado (RMSE) e o Erro Médio (EM, viés) das séries de dados, simuladas e observadas, demonstram uma subestimativa da temperatura para todo o ano, por parte do modelo. Já o RMSE e EM, da umidade relativa e vento, variam de acordo com a época do ano, possuindo períodos de maior e menor precisão. A título comparativo, também foram obtidos o RMSE e EM dos índices de conforto térmico simulados e observados. No período de 1960-1990, ID passa de 17,4°C para 20,1°C em 2070-2100, representando um aumento de 2,8°C; enquanto que TRv vai de 11,8°C para 14,7°C no mesmo período, tendo aumento de 2,9°C. Nota-se que o aumento de ID ocorre de forma gradativa com o passar dos anos, diferentemente de TRv, que aumenta de forma significativa a partir de 2070. Observa-se também que as médias diárias de ID e TRv tendem a se distribuir em quantis intermediários e superiores, indicando que ao longo dos anos, a RMSP tende a ter noites e tardes mais quentes, traduzindo em invernos menos desconfortáveis (em relação ao frio) e verões mais desconfortáveis (em relação ao calor). Os resultados obtidos corroboram IPCC (2007b), que também aponta para uma redução dos dias frios em regiões de médias e baixas latitudes, associado a um aumento na ocorrência de ondas de calor, de forma a oferecer grandes riscos à populações vulneráveis. |