Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Strecker-Gomes, Heidi |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8156/tde-02032021-185835/
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Resumo: |
O objetivo desta pesquisa é estudar a figura de Marília, central na obra Marília de Dirceu do poeta luso-brasileiro Tomás Antônio Gonzaga (1744-1810). A partir de uma perspectiva histórica, buscamos evidenciar aspectos da poética do autor conforme as convenções retórico-poéticas de seu tempo. Analisamos tópicos formais e características discursivas desse poema em duas partes, a primeira editada em 1792 e a segunda, em 1799. Para tal, reexaminamos a longa tradição crítica brasileira que interpretou o idílio ficcionalizado no poema ou como expressão de uma subjetividade empírica ou como reflexo de determinada realidade social. Também desvinculamos a figura de Marília da personagem histórica Maria Doroteia Joaquina de Seixas, que a teria inspirado. Nesse sentido, o \"casal de sonhos\" Dirceu e Marília afasta-se da esfera biográfica e empírica, do mesmo modo que o discurso de Tomás Antônio Gonzaga é compreendido além da esfera documental e biográfica, deslocando-se para o terreno das convenções poéticas da segunda metade do século XVIII. Compreendida como poesia regrada retoricamente, ressaltamos aspectos da poética de Tomás Antônio Gonzaga que estruturam seu poema. Tendo esse ponto de partida, apontamos a centralidade da figura de Marília de Dirceu na obra lírica atribuída a Gonzaga, descrevendo algumas de suas \"facetas\": um nome da tradição bucólica, a interlocutora privilegiada da persona poética, a pastora que compõe o par com Dirceu, uma personagem da ficção mitológica, um retrato feminino pintado pelo poeta, e, por fim, como uma espécie de intermédio conciliatório entre a primeira e a segunda parte do poema. |