Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2005 |
Autor(a) principal: |
Umeda, Guilherme Mirage |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12139/tde-03092009-151032/
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Resumo: |
A globalização é um fenômeno amplamente estudado, em suas facetas econômica, social e cultural. Do ponto de vista da Administração, configura-se como ação estratégica das empresas, em busca de maior competitividade produtiva e extensão de mercados demandantes. O setor da propaganda, provedor de um serviço corporativo de apoio na cadeia de valor de empresas fabricantes ou prestadoras de serviços finais, pode ser visto tanto como reflexo quanto propulsor da globalização: se, por um lado, segue seus clientes para atendê-los além das fronteiras nacionais, por outro cria com as suas redes geograficamente pulverizadas a possibilidade de desenvolvimento de campanhas globais, incentivando outras empresas a se empenharem na internacionalização. Contudo, a complexidade das operações de comunicação integrada entre diversos países obriga as agências de propaganda a redesenharem suas estruturas organizacionais. As suas atividades, fortemente dependentes de informação, não se enquadram com facilidade nem nos modelos centralizados (que ignoram as especificidades locais de cada mercado) nem nos descentralizados (que reduzem os benefícios integradores da agência de alcance global). Este estudo descreve como duas agências de origem norte-americana que se instalaram no Brasil por meio de abertura de filiais próprias adaptam suas estruturas organizacionais para atender seus clientes internacionais. Para tanto, realizou-se um estudo de casos múltiplos, com a análise de duas agências de consolidada presença no mercado brasileiro: a McCann-Erickson (instalada no país desde 1935) e a J. Walter Thompson (a partir de 1929). A fonte principal de dados da pesquisa foram quatro entrevistas junto a executivos-chave na gestão de contas globais. A investigação empírica corroborou o modelo proposto por VARDAR e PALIWODA (1993) de que as agências de propaganda mimetizam as estruturas de coordenação global e regional de seus clientes. Este espelhamento facilita os fluxos de informação e decisão intra e inter-organizacionais, ao criar contrapartes nas agências para os principais núcleos decisórios do anunciante. Com esse objetivo, as redes de propaganda mantêm estruturas matriciais que lhes permitem espelhar simultaneamente seus múltiplos clientes. A política de negócios revelada pelos estudos de caso indica uma orientação ao mercado por parte das agências, que buscam por meio de sofisticados mecanismos adaptativos cultivar relacionamentos de longo prazo junto aos anunciantes. |