Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Calhau, Maria Fernanda Nobre dos Santos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/9/9131/tde-14112014-112954/
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Resumo: |
O principal polo produtor de banana no estado de São Paulo está na Divisão Regional e Agrícola de Registro, que se estende do Vale do Ribeira até o litoral sul do estado. Nesta região, a produção de banana é a principal atividade dos produtores rurais e é responsável pela principal demanda de insumos e serviços de comercialização. No entanto, o Vale do Ribeira se caracteriza por ser uma região com baixos níveis de tecnologia e mecanização e a qualidade de vida é bastante baixa, fatores que contribuem para a baixa produtividade da banana. Este trabalho teve como objetivo estabelecer os efeitos que a proximidade da biodiversidade nativa da Mata Atlântica promove nos atributos físico-químicos e bioquímicos do fruto da bananeira, em decorrência da proximidade da biodiversidade. Duas parcelas foram escolhidas para fornecer as amostras posteriormente analisadas quanto a parâmetros fisiológicos, químicos e bioquímicos: a parcela \"Controle\" plenamente inserida em um bananal convencional e a parcela \"Biodiversidade\" com 60% de seu perímetro rodeado pela biodiversidade da Mata Atlântica. Foram feitas as seguintes avaliações nos frutos colhidos destas parcelas: análise dos perfis de etileno e CO2 endógenos por cromatografia gasosa, quantificação de amido por método enzimático, e açúcares solúveis por CLAE-DAD, análise de textura (penetrômetro) e cor (colorímetro), determinação de compostos voláteis relacionados ao aroma por cromatografia gasosa e espectrometria de massas. Além de avaliações em campo de incidência e severidade de pragas e doenças, de luminosidade, radiação fotossinteticamente ativa, análise de solo e foliar, monitoramento da Umidade Relativa e temperatura. Os resultados mostraram que as plantas na parcela próxima à Mata Atlântica foram menos atacadas pela Sigatoka Negra (cerca de 15%) quando comparada à parcela Controle (cerca de 36%). Nos frutos colhidos, foram encontradas diferenças nos padrões de etileno, respiração, textura, cor, açúcares e perfil de compostos voláteis. Os resultados relativos ao perfil destes compostos mostraram alterações na rede de vias de biossíntese de compostos voláteis diferentes dos comumente detectados em bananas. Compostos típicos de frutos imaturos, conhecidos na literatura como Voláteis de Folhas Verdes (VFVs) foram detectados nos perfis de compostos voláteis de frutos maduros das amostras da parcela Biodiversidade, indicando o desencadeamento de vias metabólicas relacionadas à defesa de plantas, tais como a Via da enzima Lipoxigenase (LOX) e a Via de Biossíntese de Terpenos. Este fato provavelmente teve origem na maior quantidade de sistemas ecológicos originários do fragmento florestal próximo à parcela, que favoreceram uma rede mais rica de relações entre as bananeiras e outros organismos, bem como entre as bananeiras e outras plantas, em comparação às plantas da parcela Controle. Constatou-se que as condições de cultivo no campo têm influência direta sobre o produto final, refletindo no processo de amadurecimento dos frutos. |