Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2007 |
Autor(a) principal: |
Almeida, Maria Luíza Dória |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17144/tde-11022025-175814/
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Resumo: |
A tuberculose é um problema de saúde publica de magnitude apreciável pela sua prevalência, mortalidade, e associação com o vírus HIV. Doença granulomatosa que atinge principalmente o pulmão, expressa uma riqueza e heterogeneidade de eventos determinados pela lesão inflamatória. O propósito deste estudo foi avaliar marcadores da resposta inflamatória (micronutrientes, protéicos e imunológicos) da fase aguda em pacientes com tuberculose ativa no diagnóstico e tratamento. A pesquisa foi dividida em 2 partes. A primeira constituiu-se de 65 portadores de tuberculose avaliados no momento do diagnóstico e nas 1ª, 3ª, 5ª, 8ª semanas de tratamento. As variáveis nesta parte foram níveis plasmáticos de: Proteína-C Reativa (PCR), Alfa-1-Antitripsina (AAT), alfa-1-Acido-Glicoproteina (AAG), Alfa-2-Macroglobulina (AMG), frações do complemento C3 e C4, micronutrientes: Zinco, Cobre, Selênio, relação Cobre/Zinco, manifestações clínicos e alterações radiológicas. O resultado do escarro (presença de bacilos) formou os grupos de estudos: evolutivos (I- boa evolução, II- intermediaria, III- insucesso). No diagnóstico, compararam-se os resultados com os de 30 indivíduos saudáveis. Para o segmento, confrontaram-se os grupos entre si em cada semana. Utilizou-se o teste não paramétrico de Kruskall-Wallis; nas variáveis que houve significância se aplicou o de Dunn. Na evolução ao longo do tempo usou-se o de Friedman. Dos micronutrientes apenas o zinco não apresentou diferença no diagnóstico. As proteínas AAT, AAG, C3, C4 e PCR, são mais expressivas nos doentes. Um importante achado foi que a AAT e AAG estão alteradas precocemente e identifica o grupo I na 1ª semana, enquanto que C3 e PCR o fazem a partir da 5ª semana. O efeito do tratamento ao longo do tempo apresentou-se significante em todos os marcadores protéicos. Houve diferenças entre as semanas iniciais e as finais, para AAT, AAG, C4 e PCR; para AMG, a diferença foi no grupo I, e para C3, no grupo II. Não houve diferença entre a semana 0 e 1, e também entre a semana 5 e 8. Já na segunda parte, foram estudados 28 pacientes, 16 HIV positivo e 12 negativo, amostra de sangue incubado por 16-24 horas gerando 2 resultados: com e sem estímulo (antígeno micobacteriano). As variáveis imunológicas testadas foram as citocinas: Interferon-gama (INF-γ), fator de necrose tumoral (TNF-α), as interleucinas ILs (2, 12p70, 4, 10, 5, 13) e proteína-10 (IP-10). As interleucinas ILs (2, 12p70, 4, 5 e 13) são significativamente deferentes quando se comparam os resultados estimulados nos grupos HIV positivo e negativo. Todas as citocinas têm níveis mais altos nos negativos, excetuando-se TNF-α. A IL-10 teve níveis superiores no sexo masculino, IL-13 na idade mais avançada, TNF-α foi maior para IMC<18,5. Para os sintomas, alterações significantes foram: febre IL-10 e IP-10; Sudorese noturna IL-13 e IP-10; perda de peso ILs (5, 13) e IP-10; hemoptise ILs (2, 12p70, 10) e IP-10; dor torácica ILs (12p70, 5, 10, 13) e IP-10. Conclui-se que os micronutientes contibuem para o dignóstico e estadia da doença; as proteínas são indicadores de prognósticos; e as citocinas preliminarmente revelam os diversos perfis inflamatórios da tuberculose, expressando-se diferentemente sob estímulo e com alterações imunológicas. |